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aleppoSíria - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] O Brigadeiro-general Hossein Hamedani, um veterano da Guerra Irã–Iraque, era um alto comandante do Corpo de Guardiães da Revolução Islâmica do Irã (IRGC). Ele era um importante organizador das milícias xiitas no Iraque e na Síria.


Hamedani foi assassinado em Aleppo no último dia 7 de outubro. Foto: Wikimedia Commons (Domínio Público)

No momento do assassinato, Hamedani se encontrava em Aleppo, a segunda cidade Síria em ordem de importância, o que revela o grau de intervenção e comprometimento do governo iraniano na Síria.

O Estado Islâmico realizou o ataque, mas, muito possivelmente, houve a mão dos serviços de inteligência por trás. Hamedani, assim como vários outros comandantes do primeiro escalão da IRGC e, principalmente, dos Quds (as forças especiais da IRGC), estava na lista dos “assassináveis” do Mossad sionista havia tempo.

Israel escalou a campanha contra o Irã após a derrota de 2006 no Líbano. A poderosa milícia libanesa Hizbollah conseguiu fazer o que 11 exércitos árabes juntos não conseguiram em 1967 e 1971: derrotar os sionistas em termos militares. E o Irã esteve por trás.

O Hizbollah representa a milícia mais poderosa do Líbano, inclusive mais poderosa que o próprio exército. Em 2008, quando aumentou a pressão pelo seu desarmamento, chegou a tomar o controle da capital, Beirut, rapidamente, o que conduziu aos acordos de Doha, que regem o sistema político no Líbano até hoje.

O Irã se encontra na linha de frente do combate aos “rebeldes” na Síria e no Iraque. Os Quds representam o principal instrumento militar de atuação do regime dos aiatolás no Oriente Médio. Principal comandante do Quds, o brigadeiro-general Soulemani esteve em Moscou recentemente para sincronizar a atuação.

Os chamados “rebeldes” atuam, em determinados graus, como instrumentos das potências regionais e do imperialismo no Oriente Médio, inclusive o Estado Islâmico.

Neste momento, se formaram dois blocos principais no Oriente Médio.

O primeiro bloco é formado pela Rússia, o Irã, a China e a ala “esquerda” do imperialismo: Obama, Merkel, Hollande. Este bloco inclui os curdos (sírios, turcos e iraquianos) e o Hizbollah.

O segundo bloco é formado pela Arábia Saudita, os Emirados Árabes, Israel e a ala direita do imperialismo. Este bloco inclui uma miríade de grupos “rebeldes”, com diversos graus de aproximação e controle. O principais são a al-Nusra (a al-Qaeda na Síria) e o Estado Islâmico sobre os quais o controle e os acordos são fluidos, principalmente em relação ao último.

Em terceiro lugar, há os países que oscilam entre os dois blocos, principalmente a Turquia, o Catar e o Egito.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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