Major General Soleimani. Foto: IRNA
Por quê?
É evidente que as recentes operações promovidas pelo governo russo na Síria contam com a colaboração direta do Irã e indireta da China.
Há fortes transferências de mísseis, aviões, helicópteros e artilharia pesada por meio dos portos de Tartus (onde está localizada a única base russa no Mediterrâneo) e Latakia.
As operações do Exército Sírio em campo contam com o apoio do Hizbollah, a poderosa milícia libanesa que é apoiada pelo Irã, dos Quds e de várias milícias xiitas iraquianas apoiadas pelo Irã e, cada vez mais, dos russos.
Qual é o objetivo?
Criar um enclave "alawita" (grupo ao qual pertence o atual presidente al-Assad) que garanta a contenção dos sionistas israelenses, dos sauditas, dos turcos e do imperialismo no Oriente Médio.
O enclave deve garantir uma certa estabilização do contágio dos guerrilheiros islâmicos para o sul da Rússia e a Ásia Central.
Território?
Toda a região controlada pelos alawitas. O norte do Líbano, que compreende toda a costa do Mediterrâneo. A região oriental do Líbano, inclusive Damasco. Parte da região sudeste do Líbano, criando uma espécie de sanduiche contra as posições controladas por grupos ligados a al-Nusra (a al-Qaeda na Síria), apoiados pelos sionistas israelenses, na fronteira com Israel.
Modelo?
O modelo é muito parecido com os estados semi-congelados que os russos suportam e que são usados como mecanismos para conter a pressão do imperialismo norte-americano, europeu e da OTAN.
Exemplos: Transnístria (Moldávia), Ossétia do Sul e Abkhazia (Geórgia), Nagorno Karabakh (Armênia), Donbass (Ucrânia).