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AMUDArábia Saudita - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] Recentemente, o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, esteve nos Estados Unidos em visita oficial.


Rei saudita Salman bin Abdulaziz al Saud

Além das extravagâncias tradicionais, como o aluguel de um hotel de luxo inteiro para a comitiva, o objetivo principal dos sauditas foi a tentativa de fortalecer as relações desgastadas por causa das diferenças políticas em relação ao Oriente Médio, principalmente em relação à Síria, ao Iêmen e ao acordo nuclear com o Irã.

Na Síria, a divergência principal se encontra em relação aos grupos que devem ser apoiados, embora já seja consenso que al-Assad deverá abandonar o poder. O apoio dos sauditas a grupos ligados a al-Nusra, a al-Qaeda na Síria, tem como objetivo contrapor a influência do Irã na Síria. A Administração Obama busca se distanciar dos grupos islâmicos mais radicais e apoiar grupos mais moderados e abertamente mais pró-imperialistas.

Da mesma maneira, no Iêmen, a Administração Obama busca uma saída negociada com o objetivo de conter o desenvolvimento das tendências revolucionárias na própria Arábia Saudita por causa dos selvagens e recorrentes bombardeios contra a população civil e a que a al-Qaeda, que controla boa parte da região oriental, assim como outros grupos islâmicos, possa ocupar o vácuo dos Houthis no país. Na realidade, no Iêmen, apesar da retórica, a diferença é apenas de grau. Em relação à Síria, as divergências são mais profundas, pois envolvem o papel dos grupos guerrilheiros que, em boa medida, não conseguem ser controlados, e o papel do Irã na estabilização da região. O “wahabismo” saudita se encontra muito próximo do salafismo do Estado Islâmico. Na prática, são sinônimos.

Obama voltou a garantir que o Irã não irá desenvolver a bomba nuclear e que a Arábia Saudita continuará contando com a proteção dos Estados Unidos. A mesma política foi aplicada em relação às demais monarquias da região e ao Egito nas recentes viagens do secretário de Estado John Kerry.

Os suprimentos de armas pelos Estados Unidos continuarão a todo vapor inclusive para o governo golpista do Egito.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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