Alexis Tsipras, líder do Syriza e primeiro-ministro da Grécia. Foto: Joanna (CC BY 2.0)
2. Quais são as diferenças entre as posições do imperialismo europeu e o governo do Syriza em relação ao caráter da União Europeia? Só perfumaria.
3. Onde ficou o programa do Syriza (que já era muito tímido)? No lixo.
4. Por que o governo do Syriza está paralisado? Não há saída para a crise na Grécia, mantendo as amarras e acordos com o imperialismo.
5. Por que o Syriza não sai da União Europeia, desconhece a dívida (ultra corrupta) e nacionaliza os bancos? Porque é um partido pequeno burguês, e, como tal, morre de medo de mobilizar as massas. Na situação atual, essa política provocaria o acirramento do confronto, a luta de classes, na Grécia e na Europa toda.
6. Por que o Syriza convocou o referendo do dia 5 de julho? Se vencer o SIM, o Syriza contará com mais força para (com a ajuda de Angela Merkel e François Hollande) botar pressão sobre a ala direita da União Europeia / Zona do Euro e viabilizar medidas como a restruturação da dívida (que foi engavetada há dois anos). Se vencer o NÃO, o Syriza lava as mãos e chama novas eleições.
7. O problema da União Europeia e da Zona do Euro é a Grécia? Não, de jeito nenhum. A Grécia representa apenas 0,4% do total da economia da Zona do Euro. Mas o contágio pode derrubar o frágil castelo de cartas, altamente especulativo, envolvendo o Estado espanhol, a Itália e a França. Esses países são as principais potências da Europa, após a Alemanha e a Inglaterra, e têm a condição de acelerar um novo colapso capitalista de gigantescas proporções.
8. Qual é a saída para a crise grega? Dentro das políticas imperialistas, nenhuma, a não ser maiores ataques contra os trabalhadores. A única saída para a crise passa pelo rompimento com o imperialismo, a estatização dos bancos, a reversão das ultra corruptas privatizações. Isso somente pode ser realizado sobre a base de um amplo movimento de massas, que ainda, em primeiro lugar, seja a faísca de um movimento mais amplo na Europa.