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greciaGrécia - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] A economia da Grécia se encontra destroçada, em estado terminal. O salário mínimo, que é o que a maioria da população recebe, caiu de 650 euros para 400
 euros. A idade da aposentadoria foi aumentada em cinco anos
. O desemprego é galopante
.


Os ataques contra as condições de vida da população se generalizaram. Foram entregues todas as empresas públicas aos capitalistas.

A dívida pública representa um dos mecanismos para repassar recursos para os monopólios europeus por meio do saque dos cofres públicos. Dos 316 bilhões da dívida, 240 bilhões dependem dos chamados mecanismos de resgate.

As válvulas de escape da crise e evitar uma explosão social, neste momento, são a possibilidade dos trabalhadores emigrarem à Alemanha, Suécia, Noruega, Inglaterra. A inflação ainda está controlada na zona do euro.

Se a Grécia sair do euro os primeiros a serem atingidos seriam os monopólios, principalmente os bancos alemães, e o BCE (Banco Central Europeu), que é controlado pelo Bundesbank, o banco central alemão. Além disso, a saída dispararia os chamados CDS (espécie de seguro para os derivativos financeiros), o que geraria enormes perdas para os bancos.

A esquerda oportunista e o inevitável ascenso operário

Em fim, a Grécia representa uma economia esquálida, com apenas 0,4% da zona do euro, mas com o potencial de irradiar o contágio até a Alemanha, passando pela Espanha, a Itália e a França. Tal a fragilidade da economia capitalista ultraparasitária.

O governo do Syriza (o PSOL grego) tenta achar mecanismos e acordos para manter os mecanismos especulativos funcionando, sem implodir o próprio governo. Muito pouco sobrou das bandeiras democráticas do próprio programa do partido e do governo.

Nada, absolutamente nada, sobre o que seria o óbvio para um partido minimamente democrático tem sido colocado em prática.

Em primeiro lugar, a dívida pública ultraparasitária, deveria ser cancelada; no mínimo, deveria ser auditada, o que já seria bastante conservador. O bancos deveriam ser estatizados. A União Europeia deveria ser denunciada como um instrumento do imperialismo contra os trabalhadores. Imediatamente, deveria ser chamada uma assembleia constituinte, com amplo poder de participação popular.

A pressão do imperialismo europeu e o oportunismo da esquerda grega têm paralisado a classe operária do país, a mesma que liderou as revoluções de 1941-1944 contra o nazismo, e a de 1946-1949 contra o governo fantoche apoiado pelo imperialismo.

Mas o aprofundamento da crise capitalista coloca à ordem do dia o ascenso da classe operária no coração do capitalismo europeu, o que impulsionará os trabalhadores gregos, da mesma maneira que a crise e o ascenso popular na periferia impulsiona a luta nos países centrais.


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