1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (2 Votos)

Primeiro-ministro da Suécia, Stefan LöfvenSuécia - Causa Operária - Eleito em setembro, o primeiro-ministro socialdemocrata Stefan Löfven convocou eleições antecipadas depois de não conseguir aprovar o orçamento para 2015


Na quarta-feira passada, 3 de dezembro, o governo recém eleito da Suécia não conseguiu aprovar o orçamento para o ano que vem. Depois do resultado da votação, que a coalizão entre o Partido Verde e o Partido Social Democrata no governo perdeu por 182 contra 153 votos, o primeiro-ministro socialdemocrata Stefan Löfven anunciou eleições antecipadas.

Decisivo para essa derrota do governo, eleito em setembro, foi o peso do partido de extrema-direita, o Democratas Suecos. O partido dobrou de, aumentando sua votação de 5,7% em 2010 para 13% nas eleições desse ano e se tornando a terceira maior força dentro do Parlamento. Ao mesmo tempo em que procura se apresentar publicamente como um partido que não é racista, a principal proposta do partido nas propagandas é diminuir o ritmo da imigração. A Suécia é um dos países que mais recebem refugiados no mundo. Para 2014, está prevista a entrada de 80 mil refugiados vindo da Síria, Afeganistão, Eritreia e Somália.

O crescimento da extrema-direita na Europa deu-se em vários países. Na Inglaterra, o Partido da Independência do Reino unido (UKIP, na sigla em inglês) venceu tanto os trabalhistas quantos os conservadores na eleições europeias, depois de mostrar um grande crescimento nas eleições distritais. Na França, a Frente Nacional também venceu os partidos mais tradicionais do regime nas eleições europeias, e teve um crescimento significativo nas eleições municipais.

O colapso capitalista de 2007-2008 representou o colapso das políticas neoliberais e levou a direita tradicional à crise terminal. Entre 2008 e 2011, houve um período intermediário onde foram colocados em pé mecanismos de contenção baseados na inundação do mercado de crédito e a disparada do repasse de recursos públicos com o objetivo de garantir os lucros dos capitalistas. Esses mecanismos entraram em colapso no ano passado.

O gigantesco parasitismo do capitalismo, onde a especulação financeira é o coração da economia, impede a estruturação de uma nova política. A única "saída" para manter os lucros dos capitalistas é com uma política de força.

O ascenso da extrema-direita se dá fundamentalmente por vias extraparlamentares, mas a burguesia europeia está tentando desenvolver movimentos de massas de apoio, principalmente nas camadas médias da pequeno-burguesia, com o objetivo de ascender também pela via eleitoral.

A esquerda está fraca, mas a direita tradicional está pior. Por esse motivo, a burguesia busca controlar o regime por fora das instituições. Ambos setores refletem a crise do regime burguês de conjunto, fortemente impactado pelo enfraquecimento da base material, aprofundada pela crise capitalista.

As novas eleições na Suécia serão realizadas no dia 22 de março, e podem levar Stefan Löfven a fazer o menor governo da história do País. Seu partido governou durante décadas, até a direita do regime governar pelos últimos oito anos, com cortes de gastos e privatizações. O orçamento derrotado para 2015 previa o começo de uma reversão dessas políticas.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.