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Marine Le Pen, líder da Frente NacionalFrança - Causa Operária - Le Pen mostra força à frente de um partido coeso e líder nas pesquisas, enquanto a esquerda e a centro-direita do regime estão rachados e em crise


Neste sábado, 29 de novembro, a Frente Nacional (FN), partido de extrema-direita da França, elegeu novamente Marine Le Pen como sua liderança. É a última eleição para o cargo no partido até as eleições presidenciais francesas, em 2017. O partido é o favorito nas pesquisas, e Le Pen mostrou grande força ao ser eleita praticamente por unanimidade dentro da FN.

No mesmo dia, a Unidade por um Movimento Popular (UMP), do ex-presidente Nicolás Sarkozy, também elegeu seu líder para os próximos anos. Enquanto Le Pen tem apoio total da FN, Sarkozy ganhou as eleições na UMP com 64,5% dos votos, bem menos do que os pelo menos 70% que esperava. Com isso, Sarkozy terá que fazer concessões às outras correntes de seu partido, dilacerado por crises e conflitos internos, e pesadamente atingido por inúmeras denúncias de corrupção.

O Partido Socialista, do presidente François Hollande, continua se afundando, com o racha dos deputados contrários às medidas de austeridade impostas pela UE. Hollande foi eleito prometendo não implantar pacotes de austeridade, exatamente o que está fazendo agora, e tornou-se assim o presidente francês com os menores índices de popularidade da história.

Em seu discurso no sábado, Le Pen reafirmou o discurso do partido: a crise deve-se, para a extrema-direita, à integração do País na UE e ao fluxo de imigrantes. E com esse discurso demagógico contra a austeridade, para a qual a FN não tem nenhuma solução, e xenofóbico, contra os imigrantes, a FN vem crescendo vertiginosamente, com reais chances de vencer as eleições em 2017. Nada disso seria possível sem o apoio de setores da burguesia e a "fuga" de alguns figurões da UMP para a FN.

A Frente Nacional (FN) conseguiu, em setembro, entrar pela primeira vez no Senado, contando agora com dois senadores. É a continuação do crescimento que mostrou durante o ano, nas eleições municipais e nas eleições europeias. Diante do desgaste de Hollande e também da UMP, a burguesia francesa está impulsionando a extrema-direita para ter a opção de um governo de força, que imponha às massas o repasse do peso da crise para os ombros dos trabalhadores. Para a burguesia, está colocada a necessidade de impor aos trabalhadores que eles paguem pela crise de modo que os capitalistas possam continuar lucrando.


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