O Exército do Líbano anunciou nesta terça-feira (02/12) que prendeu uma das mulheres e um dos filhos do líder do EI (Estado Islâmico), Abu Bakr al-Baghdadi, enquanto eles ultrapassavam a fronteira para a Síria. A detenção foi realizada em conformidade com uma operação planejada em parceria com agências de inteligência internacionais.
Segundo veículos locais, a mulher viajava com um passaporte falso e foi identificada como Saja al-Dulaimi. Descrita como "uma captura de alto valor", ela seria uma das duas esposas do líder.
Ainda não é certo qual é o gênero ou idade da criança. Enquanto a AFP reporta que seria um filho, a Reuters cita altas fontes da segurança libanesa que atestam se tratar de uma filha. Agências de notícias ainda apontam que ele/a teria entre 8 e 9 anos.
A criança teria sido submetida a um teste de DNA que confirmou parentesco com o califa. Os Estados Unidos possuem amostras de DNA do líder do EI quando este passou nove meses preso em um centro de detenção norte-americano no Iraque, em 2004.
Ainda não há detalhes sobre a nacionalidade da mulher e da prole de al-Baghdadi, nem está claro quantas crianças o líder de fato tem, assinala a CNN, que acrescenta que autoridades libanesas preferiram não comentar o caso.
Os familiares da chefia de um dos mais poderosos grupos extremistas em atividade no Oriente Médio foram detidos há cerca de 10 dias, segundo comunicado divulgado pelos militares libaneses e citado pela Al Jazeera.
A apreensão de ambos os membros da família do autoproclamado califa do grupo extremista que domina áreas na Síria e Iraque é vista como uma empreitada bem-sucedida para as potências ocidentais. Além disso, os membros da família de al-Baghdadi poderão ser usados como moeda de troca para negociar reféns e prisioneiros sob o controle do Estado Islâmico.
Por enquanto, não houve nenhuma reação do EI em seus sites oficiais. Segundo o programa de recompensa do Departamento de Estado norte-americano, informações que comprovem o paradeiro de Abu Bakr al-Baghdadi valem até US$ 10 milhões.