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'Netanyahu excluiu do governo os partidos centristas, tornando insustentável a manutenção do governoIsrael - Opera Mundi - Não vou mais tolerar oposição no governo', disse premiê, que pedirá dissolução do Parlamento; crise política fez ruir coalizão entre direitistas e centristas


A coalizão que sustenta o governo israelense de Benjamin Netanyahu não aguentou a crise política e ruiu. O primeiro-ministro decidiu nesta terça-feira (02/12) demitir dois ministros considerados moderados, tornando insustentável a manutenção de seus partidos no poder. Desta forma, com o racha no gabinete, o premiê Netanyahu vai pedir a dissolução do Parlamento, estabelecendo o cenário para que sejam convocadas eleições antecipadas em 2015.

"Não vou mais tolerar oposição que venha de dentro do meu próprio governo", disse Netanyahu, do conservador partido Likud, rompendo uma coalizão de governo que durava 20 meses.

O próprio premiê vai pedir a dissolução do parlamento "o mais rápido possível" — feito inédito, já que, em mais de cinco décadas, é a primeira vez que o Knesset se desfaz com menos de dois anos de legislatura vigente. Caso a medida seja votada e aprovada na semana que vem, eleições poderiam ser agendadas para o mês março de 2015, dois anos antes do inicialmente previsto.

A crise fora deflagrada há pouco mais de uma semana, com a aprovação da lei que define juridicamente Israel como "Estado-nação do judaísmo". A proposta, patrocinada fortemente por Netanyahu, causou um racha na coalizão governista, fazendo com que dois dos ministros criticassem publicamente a radicalização que a nova lei traria.

Hoje, o cenário político tornou-se insustentável no gabinete e fez com que Netanyahu demitisse os dissidentes: o ministro da Finança, Yair Lapid (do partido centrista Yesh Atid), e a ministra da Justiça, Tzipi Livni (do também centrista Hatnua).

Busca de "aliados naturais"

Ao longo da semana, o embate político dentro do governo se agravou, tomando contornos para além da discussão sobre a "lei de nacionalidade". As desavenças entre centristas e direitistas no gabinete do premiê também têm também aparecido em temas econômicos, como sobre uma lei que prevê subsídios na compra de imóveis.

Na noite de ontem, ocorreu a última tentativa de reconciliação, em uma reunião entre Netanyahu, líder do Likud, e o agora demitido Lapid, chefe do partido centrista Yesh Atid, importante membro da coalizão. O premiê apresentou uma série de exigências para condicionar a manutenção do governo — ultimato que não foi aceito.

O partido centrista acusa Netanyahu de buscar "por baixo dos panos" acordo para formar um novo governo "com os partidos ultra-ortodoxos, aliados de longa data". Assim, estaria à frente de um governo "mais manuseável", uma vez feita a aproximação com o que considera os "aliados naturais" do atual premiê.

"Netanyahu está conduzindo Israel a uma eleição desnecessária. O premiê escolheu agir irresponsavelmente no que diz respeito à nação, colocando o interesse público de Israel no fim da lista de prioridades", assinala um comunicado emitido pelo partido, agora excluído do governo.


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