O novo plano de austeridade foi aprovado no Parlamento enquanto dezenas de milhares de trabalhadoras, trabalhadores e jovens se enfrentavam na capital à polícia e exigiam o respeito polos direitos fundamentais que as novas medidas aprovadas vam suprimir radicalmente.
200 votos a favor e 74 em contra (de 300 emitidos) dérom o placet ao acordo com a Uniom Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário internacional. Os votos contra chegárom do KKE (comunistas) e do Synaspismos (esquerda alternativa), além de 11 deputados e deputadas do PSOK (social-liberal) e 9 do ND (direita). Houvo abstençons de 9 do PSOK, 1 do ND e do grupo parlamentar da extrema-direita, LAOS, que nos últimos dias abandonou o governo para tentar nom resultar "queimado" polo processo de entrega institucional do país à oligarquia europeia. Porém, dous ex-ministros da ultradireita votárom a favor do acordo. Uns 40 deputados e deputadas quebrárom a disciplina de voto e serám previsivelmente expulsos de diferetnes partidos burgueses.
Entretanto, nas ruas de Atenas, numerosos prédios oficiais, de bancos como Eurobank, sedes de multinacionais como a Starbucks, cinemas e edifícios institucionais ardêrom pola ira popular, enquanto grupos de Anonymous e hacktivistas conseguírom fazer cair os sites do primeiro-ministro e da polícia grega. A burguesia estuda declarar o estado de emergência na capital e dúzias de pessoas fôrom detidas.
Um canal de televisom foi ocupado e a praça Syntagma encheu-se com milhares de pessoas, que só a custo fôrom contidas pola inaudita violência policial. A resposta chegou em forma de cocktail molotov e pedras. Também a polícia jogou pedras, além de gases lacrimogéneos e bolas de borracha.
Despedimentos massivos e cortes de gasto em todos os setores e serviços incluem-se no acordo aprovado, que permitirá ao governo receber um novo empréstimo de 130.000 milhons de euros, que em nengum caso garantem a saída de umha crise cada vez mais profunda que está a empobrecer ao olhos vistos a maioria do povo grego. Em lugar disso, parece mais provável que em poucos meses assistamos ao fim do euro e, com ele, da Uniom Europeia tal como a conhecemos.
Os inquéritos confirmam a oposiçom maioritária do povo, que reclama a queda do governo, o castigo aos responsáveis pola crise e umha verdadeira mudança nas políticas económicas e sociais, que o PSOK e o ND venhem aplicando da mesma maneira nos últimos anos.
Quanto aos partidos com representaçom, o KKE é o único que defende abertamente a ruptura com a Uniom Europeia e a abertura de umha nova fase protagonizada, diretamente, polo poder popular, umha vez que a burguesia tem mais que demonstrada a sua absoluta incapacidade para recuperar o país da profunda crise a que o levou.