A recente morte do diário electrónico Gznación é um outro sintoma da crise que está a assolar os meios de comunicaçom próximos do nacionalismo. A saída do BNG da Junta está a demonstrar a dependência destes cabeçalhos do poder institucional.
A Nosa Terra nom tem para pagar a luz
A Nosa Terra, o semanário fundado há mais de 100 anos polas Irmandades da Fala, está a piques de se converter na próxima vítima desta recessom.
Na passada terça-feira Fenosa cortava a luz na sede central em Vigo. Umha amostra dos sérios problemas económicos da editora que dirige Alfonso Eiré.
A Nosa Terra deve a todos os seus trabalhadores cinco mensalidades, o que o situa a rentes da falência técnica. A crise no histórico cabeçalho é supreendente, pois em 2007 recebeu umha fortíssima injecçom económica de Jacinto Rey, dono da Construtora San José e também editor do bilíngüe Xornal de Galicia, próximo do quintanismo e cada vez mais do PSdG.
Porém, a gestom do grande investimento de San José resultou péssima. Primeiro ANT montou umha nutrida redacçom para a sua ediçom em Santiago, que em seguida desmantelou após admitir três despedimentos improcedentes no dia depois de umha assembleia de trabalhadores.
2.000 assinantes menos após a viragem editorial
Ao mesmo tempo, o semanário em papel dava umha viragem à sua linha editorial. Refundada em 1997 pola UPG e num tempo estandarte do jornalismo mais comprometido na Galiza, A Nosa Terra, dirigida polo escritor Manuel Veiga, passou a se converter num magazine insulso que evita qualquer tema polémico. Nem sequer as históricas greves do metal em Vigo fôrom cobertas quando as barricadas se montavam ao pé da redacçom.
A perda de identidade dumha publicaçom que num tempo defendia abertamente a autodeterminaçom chegou ao extremo no passado Verao, quando despediu umha bolseira que fora acusada pola Polícia de participar em protestos em Cangas contra o polémico porto desportivo de Massó.
A CIG contempla o desmantelamento de ANT
A mudança de rumo provocou que perdessem 2.000 assinantes, número confessado polo próprio Eiré para explicar aos trabalhadores a falta de pagamento. Umha queda espectacular apesar de melhorar o design, a cor e a qualidade do papel relativamente à etapa anterior.
A única reacçom da empresa até hoje tem sido reduzir paulatinamente o quadro de pessoal com a cumplicidade da direcçom e do representante sindical, eleito sob as siglas da CIG, incapaz de articular nengumha resposta às contínuas faltas de pagamento e despedimentos.
Fim do bipartito, acaba a bonança de Acordar-Vieiros
Umha crise similar está a dificultar as actualizaçons de Vieiros, referente da informaçom em galego na Internet. Poucos meses depois da mudança de Governo, os trabalhadores começárom a sofer atrasos nos pagamentos.
De seguido conhecêrom a saída do gerente, Óscar Martínez, que controlava as contas de Vieiros e da sua empresa gémea, Acordar Comunicación na Internet. Esta companhia era a que contribuía com mais dinheiro na caixa comum, pois desde a chegada do bipartido ao poder ganhou dúzias de concursos sem publicidade para realizar sites para administraçons nacionalistas.
A bonanança de Acordar foi tal que chegou a ter uns 20 trabalhadores, dos quais hoje nom fica quase nengum. O dono do grupo, Lois Rodríguez, justificou os despedimentos pola gestom pouco clara do gerente. Vieiros está a sobreviver com menos jornalistas e graças ao esforço dos seus assalariados, que tivérom que suportar mais de três meses sem ver um peso.
Gznación, o meio da UPG
Mais curta foi a andaina de Gznación, digital ligado à Unión do Povo Galego. Editado por Carrumeiro Media, a sua sorte acabou-se logo que, às poucas semanas de finiquitada a coligaçom, saltárom as notícias de que Carrumeiro recebera dúzias de adjudicaçons sem concurso de departamentos controlados pola UPG:
A empresa, controlada por altos cargos do partido como Alberte Ansede, decidiu despedir os seus trabalhadores, apesar de estes terem apresentado à companhia um plano de viabilidade.
A UPG mantivo um fio de vida em Gznación.com até há umhas semanas, através dum contrato a umha informadora de meia jornada. Porém, novas notícias sobre as ligaçons com Carrumeiro e o salto à versom electrónica da histórica revista Terra e Tempo, editada pola Fundación Bautista Álvarez, significárom a morte do diário digital neste Verao.