Apesar de fazer parte do Grupo “El Correo Gallego”, caracterizado pola sua defesa do espanholismo mais reacionário, o “Galicia Hoxe” era um espaço onde tinham cabimento e possibilidade de expressom, em muita maior medida do que no conjunto do obscuro panorama da imprensa comercial galega, a pluralidade de visons ideológicas e posturas políticas existentes hoje no País.
Umha das razons manifestadas para o fecho da ediçom em papel do jornal é o radical corte nas ajudas económicas por parte da Junta da Galiza de Feijó e do PP, a mesma que sim continua a entregar subsídios milionários a jornais como “La Voz de Galicia”, “Faro de Vigo” ou o próprio “El Correo Gallego”, caraterizados polas suas posiçons conservadoras e antigalegas e que só empregam o nosso idioma de jeito ritual e anedótico. Deduz-se disto que o corte nas ajudas ao “Galicia Hoxe” fai parte também do planificado ataque ao galego desenhado polo PP e implementado pola Junta.
O fim da ediçom em papel do “Galicia Hoxe” aumenta a crise da imprensa comercial em galego que, quer nos quiosques ou na internet, está a viver nestes anos a desapariçom de diversos projetos, o que nom está a suceder com a imprensa baseada no trabalho voluntário e militante, que continua com o seu digno e valioso labor.
A ausência de um diário escrito integralmente em galego e com umha visom nacional, progressista e plural, é outra conseqüência da aposta do autonomismo no jogo institucional, em lugar de na construçom nacional. Umha eiva que é preciso superarmos para avançar no caminho da normalizaçom lingüística e da libertaçom da Galiza.
Foto: EFE.