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Entrevista a Heitor Rodal, presidente do Instituto Galego de Estudos Célticos

160411_simbolos_celtas_galizaGaliza - Jornal - Narom acolhe até amanhá um congresso onde se debate sobre a origem celta dos galegos.


O galego Heitor Rodal é o presidente do Instituto Galego de Estudos Célticos, entidade organizadora de um congresso que está a ter lugar em Narom onde diferentes expertos de todo o mundo, desde genetistas até arqueólogos, debatem sobre a suposta origem celta da Galiza. Esta ediçom do encontro, a terceira na história, foi inaugurada com umha conferência do catedrático da USC Ángel Carracedo.

Há certa polémica pola palestra de Carracedo, onde negou umha possível base genética do celtismo. Como veu o seu relatório?

Há que ter em conta que ele é genetista, nom historiador, nem antropólogo, nem arqueólogo... É perfetamente compreensível que através dos gens nom poda determinar se umhas persoas eram celtas ou íberos num lugar ou noutro.

Qual o objetivo principal do Congresso Internacional de Estudos Célticos que está a ter lugar em Narom?

É reunir estudiosos e estudiosas de diversas disciplinas para lograr ter umha visom global sobre o tema céltico, que sempre estivo presente nos debates arredor da cultura e a historiografia galega. Por sorte, reunimos em Narom um grupo de peritos muito diverso e de elevada qualidade.

Que nomes destacaria entre os desses peritos?

O do diretor do Instituto de Medicina Legal e catedrático da Universidade de Compostela, Ángel Carracedo, que ademais foi quem deu a palestra inaugural do congresso. Também é de sublinhar o nome de Venceslàs Kruta, que é arqueólogo, historiador e professor da Ècole Pratique des Hautes Études da Universidade da Sorbona, para além do de José María Luzón Nogué, catedrático de Arqueologia da Universidade Complutense de Madrid e académico da Real Academia de Belas Artes de San Fernando. Nom obstante, deixa-me mal non poder dizê-los a todos, porque absolutamente todos som de um alto nível.

Estám vivendo na atualidade um importante pulo os estudos célticos?

Mais que pulo, há que dizer que se estám a estudar aspeitos nos quais nom se pesquisou com anterioridade. Que é realmente o que há no nosso passado? Esse é o objetivo destes estudos, em geral, e deste congresso em particular.

Vírom-se estes estudos muito prejudicados pola repressom académica posterior ao golpe de Estado de 1936?

Antes havia um importante interesse arredor dos estudos da proto-história galega, que tinham umha orientaçom celtista, e isso, como outras tradiçons, viu-se profundamente afetado após a Guerra Civil e a posguerra. O certo é que muitos eruditos tivérom que deixar os estudos que estavam a levar ao cabo, e outros muitos investigadores fôrom substituídos por pessoas que, por motivos políticos, deixárom de lado esta visom do nosso pasado. Nom obstante, também há que ter em conta que antes nom dispunham da ciência e da tecnologia que temos agora. Parece que hoje é o momento determinado, graças aos novos meios de que dispomos, de determinar muitas cousas.

Que cousas podem ser determinadas graças a estas novas técnicas?

Muitíssimas. Umha das técnicas principais, que também é a mais novidosa, é o estudo dos movimentos de populaçom através dos estudos genéticos. Aqui na Galiza temos um grande exemplo na equipa dirigida por Ángel Carracedo, que é um pioneiro no mundo neste aspeito. No entanto, estes estudos genéticos também tenhem lugar fora da Galiza, como na Irlanda e Inglaterra, e que, aliás, apontan cara à teoria de umha importante migraçom desde a Península Ibérica cara ao norte na época do desgelo, após umha glaciaçom. Também contamos com estudos arqueológicos, lingüísticos e doutros tipos, todos elementos de juízo novos, que apontan cara a essa hipótese.

Fica demonstrada, pois, a origem celta da Galiza?

Bem, o que sim fica demonstrado é que houvo celtas na Galiza. Acho que isso ninguém pode discuti-lo. Sobre a origem celta... se entendermos como celta umha rama europeia indocidental que tivo presença na fachada atlántica, entom sim que está documentado que houvo celtas na Galiza.

O celtismo ainda tem inimigos?

Eu nom falaria de inimigos. Distinguiria, por unha banda, a controvérsia. Certamente, ainda faltam elementos por analisar, e certa controvérsia pode ser muito enriquecedora do ponto de vista científico. Sobre outras críticas nom tam fundamentadas como as deste tipo, bem, o certo é que, lamentavelmente, parece que na Galiza ainda há certos setores remissos a falar destas cousas.


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