Foto: AVN
No encontro, organizado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), os delegados analisarão vias para melhorar os sistemas nacionais de produção e distribuição, sempre sobre a base de uma economia justa.
Segundo Maduro, também presidente do PSUV, a Revolução Bolivariana deve ser capaz de sair do modelo rentista petroleiro e de comercialização de matérias-primas.
Leia também:
Venezuela: Movimento bolivariano avança com o novo Parlamento Nacional Comunal
Após vitória da direita, burguesia venezuelana exige o fim das leis populares
Venezuela: Após direita vencer eleições, produtos escondidos aparecem nos supermercados
Para o chefe de Estado, a recuperação das forças de esquerda após o revés eleitoral sofrido há 10 dias nas eleições legislativas passa necessariamente pela reformulação e aperfeiçoamento econômico.
De acordo com vários especialistas, em 2016 continuarão as estratégias que deram a vitória à direita nas parlamentares, como a escassez induzida, a acumulação e a especulação com os preços de produtos de primeira necessidade.
Essas táticas perdurarão enquanto a Federação de Câmaras e Associações de Comércio e Produção da Venezuela e outros círculos ligados à oposição não considerarem contempladas suas exigências, disse o economista Luis Matos ao diário Correo del Orinoco.
Os preços mostrarão uma aparente moderação, mas compensada para eles com possíveis rebaixamentos salariais, reduções de encargos e demissões, acrescentou.
Por sua vez, o professor da Universidade Bolivariana da Venezuela Alexander Acosta estimou que o panorama econômico venezuelano durante 2016 não se diferenciará muito do atual.
Depois da instalação da nova Assembleia Nacional (5 de janeiro), a direita acusará o Governo de entorpecer as políticas dos novos parlamentares, considerou.
Acosta prevê que o desabastecimento e a inflação se manterão até que a oposição consiga convocar um referendo revogatório contra o presidente Maduro.
Víctor Álvarez, pesquisador do Centro Internacional Miranda, assinalou que esse plano para substituir o chefe de Estado desgastará ainda mais o país e forçará o Governo a se focar em manter o poder no lugar de trabalhar em medidas necessárias para reverter a situação econômica adversa.