A Electra estima que o valor em dívida, resultante de consumo corrente, seja de mais de 39 mil contos (39.645.383$00). Mas segundo o executivo camarário, "dois terços deste valor são dívidas que remontam da gestão de Felisberto Vieira que não pagava à Electra e nunca recebia ameaças de corte de energia".
A empresa já chegou a cortar energia eléctrica à CMP, dias após a posse da actual equipa camarária. Mas agora Ulisses Correia e Silva resolve jogar na antecipação de um aviso de corte que parece iminente. E é nesse sentido que num comunicado Silva diz "que a primeira caloteira da Câmara Municipal da Praia é a Electra. É que, lê-se na nota da Câmara, a empresa de electricidade acumula dívidas à CMP no valor de 54 mil contos, relativas a abertura de valas, aluguer de Postos de Transformação, multas e aluguer de espaços e cerca de 500 mil contos em ocupação do espaço aéreo e do subsolo.
Mais, a edilidade capitalina considera que esta demonstração de "músculos" por parte da Electra vem na sequência das recentes declarações do Primeiro-ministro que, "desresponsabilizando-se dos constantes blackout que a cidade da Praia vem sofrendo, tentou imputar responsabilidades à Câmara Municipal por dívidas à Electra. A empresa está a cumprir ordens do '"chefe"', finaliza o comunicado da Câmara da Praia.