Com a Copa do Mundo de 2014 realizada no Brasil veio à tona como uma parcela significativa da classe média brasileira é pró-imperialista e colonial. É uma classe média que tem gosto pelo por tudo que vem de fora, desde o idioma, até o modo de vida, cultura etc. Não é simplesmente um gosto pela cultura estrangeira é uma verdadeira adoração pelos Estados Unidos e Europa no sentido mais medíocre.
Um papel fundamental nesta adoração pelo imperialismo vem da influência que a imprensa burguesa exerce sobre esta parcela da classe média. É uma verdadeira doutrinação sistemática. No caso do futebol isso ficou bastante evidente. A imprensa esportiva faz uma campanha incansável sobre o futebol europeu dizendo que é o melhor futebol, mais moderno, eficiente etc. Não é de hoje que a imprensa despeja a ideia de que o futebol europeu é o melhor do mundo e o futebol brasileiro é atrasado. Faz muito tempo que o brasileiro vem sendo doutrinado na ideia de que o futebol europeu é superior.
Amor pela metrópole
A mentalidade geral na classe média direitista vem desse amor colonial pela “metrópole.” Nos últimos anos cresceu o número de brasileiros dessa parcela da classe média que estuda nos Estados Unidos. Do número de turistas que fazem visitas à Europa. É uma classe média inculta que ao chegar nesses países automaticamente se identifica com a “metrópole”. Que fique claro que essa classe média, ao ir estudar no estrangeiro, não adquire conhecimento para ser aplicado no País, mas passa a adorar e adotar fórmulas e costumes tipicamente imperialistas. Não é um estudo feito na “metrópole”, para adquirir técnicas e conhecimento para ser aplicado depois contra o imperialismo. É um conhecimento adquirido que aumenta o desprezo pelo povo brasileiro, pelo Brasil.
Um exemplo pode ser visto na direita uspiana que defende abertamente a privatização da universidade por meio da introdução das fundações privadas e de “fórmulas” e políticas imitadas das universidades norte-americanas e europeias. Um caso é o financiamento estudantil aos moldes da universidade de Harvard que a direita da USP defendeu como modelo, onde estudantes financiam do próprio bolso o estudo.
Esta classe média quer copiar tudo do estrangeiro, adoram estes países imperialistas nos seus piores aspectos como se viu na Copa em relação a verdadeira adoração ao futebol europeu, mas também acontece a outros esportes e cultura em geral a costumes. Outro exemplo é introdução dos costumes estrangeiros no País como a festa de ”halloween”.
No caso da esquerda pequeno-burguesa brasileira esta característica colonial também é evidente. Um caso exemplar são as recentes posições imperialistas adotadas pelo PSTU em relação aos golpes militares no Egito e Ucrânia e as posições pró-imperialistas na Síria e outros países. E agora mais recentemente aderiu à campanha contra a Copa do Mundo.
”Gusanos” brasileiros
Essa classe média colonial brasileira acha tudo no Brasil uma porcaria, o povo ignorante, atrasado, etc. Tem uma adoração quase que religiosa a tudo que vem de fora do País. A todo momento tentam introduzir estes costumes no Brasil e vangloriar os Estados Unidos, a Inglaterra, a França, a Alemanha no pior aspecto que estes países possam ter. Defendem políticas imperialistas contra o Brasil, defendem a privatização em larga escala, o aumento da repressão, a interferência econômica dos bancos estrangeiros, o uso da língua entre outros.
É uma classe média que na essência gostaria de ser norte-americana ou europeia. Gostaria de fazer parte da nação opressora. Muitos aliás, foram morar fora do País, vivendo nos Estados Unidos ou nos países europeus e a qualquer oportunidade despejam sua “superioridade” sobre os brasileiros. Se assemelham muito aos “gusanos” cubanos e venezuelano que fugiram para Miami, inclusive porque escolhem, frequentemente, o mesmo destino.