José Matavele, director de Mercados e Feiras, reconhece que o abandono dos mercados não é um problema recente, mas de algum tempo a esta parte está a transforma-se num fenómeno preocupante.
Segundo ele, há vários factores por detrás de tal abandono massivo dos mercados pelos vendedores. Um deles é a falta de condições dos mercados em causa.
Matavele diz que o fenómeno que não é novo, mas que tende a deixar os mercados completamente vazios.
O vereador garante, no entanto, que o município está a envidar esforços para que cada mercado tenha o mínimo de infra-estruturas básicas que garantam a sua funcionalidade. Só que esses tais esforços não estão a resultar.
O nosso interlocutor fala, entretanto da "concorrência desleal que se abateu sobre a actividade comercial" na capital do país, em particular, e, em geral, em todo o território nacional. Na óptica de José Matavele, a "concorrência desleal", um mal para que há muito a Imprensa vem alertando sem que as autoridades tenham feito algo para "matar o jacaré no ninho", está a criar sérios problemas na medida em que os vendedores cultivam a moda de "caça" ao comprador nos sítios não destinados ao comércio que praticam. É em suma o desordenamento total do comércio que agora está a revelar-se problemático com o governo a admitir finalmente que o caso é grave e "preocupante".
De acordo com José Matavele, enquanto os vendedores preferirem vender em locais não apropriados, as bancas, as barracas, os quiosques, os mercados, ficam continuamente vazios, e o nível de receitas municipais projectadas para este ano fica comprometido.
O vereador da cidade de Maputo, José Matavele, aponta ainda que, à semelhança de tantos outros mercados, os de Polana Caniço, de Janete, de Xipamanine Formal, estão praticamente vazios.
Matavele disse-nos também que em consequência do abandono dos mercados a cobrança de taxas não satisfazer as metas previamente planificadas.