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vietcubaVietname - Prensa Latina - Vietnã e Cuba têm como um dos capítulos comuns em sua história a relação com os Estados Unidos, tema sobre o qual o ex-embaixador Pham Tien Tu falou com a Prensa Latina diante da visita a Havana do presidente Barack Obama, considerada como transcendental.


É um acontecimento importante, um passo adiante, afirmou o ex-chefe da missão diplomática do país asiático em Cuba de 2002 a 2007 e desde 1967 vinculado à ilha, onde estudou quatro anos.

Acrescentou que após o estabelecimento das relações entre Washington e Havana, os dois países entraram em uma segunda etapa, que será mais difícil e prolongada devido à política de bloqueio vigente, ao apontar que seu levantamento depende do Congresso de Estados Unidos.

O também vice-presidente da Associação de Amizade Vietnã-Cuba avalia a viagem de Obama, de 20 a 22 de março, como um fato para o qual tanto as condições objetivas e subjetivas estão maduras.

Nesse sentido, disse que nos Estados Unidos a correlação de forças está mudando, o que exemplificou com a estatística de que 67% da população, segundo uma pesquisa, apoia a normalização destas relações.

Também, comentou que o próprio Obama reconhece que a política hostil aplicada contra Cuba durante mais de meio século caducou, enquanto o prestígio da ilha aumentou, opinião que fundamentou com o envio de professores e médicos pelo mundo.

Recordou que os 10 presidentes que lhe precederam "não puderam fazer nada contra Cuba", o que contrastou com a decisão do atual presidente estadunidense de restabelecer as relações diplomáticas.

Ao avaliar a posição do governo do país caribenho neste processo, realçou a coincidência entre Vietnã e Cuba nos princípios fundamentais das relações internacionais como o respeito à independência, soberania e autodeterminação, a não intervenção nos assuntos internos dos Estados e a rejeição à violência ou ameaça de seu uso.

Acrescentou que tudo deve ser através do diálogo, da negociação pacífica, igualdade e do benefício mútuo.

Esses são princípios que tanto Cuba como Vietnã praticam nas relações internacionais, além da defesa do socialismo, assegurou.

Como resumo do reconhecimento da postura digna do país caribenho relembrou a frase do presidente Raúl Castro de que Cuba não cederá nem um milímetro na defesa de sua soberania.

Estou convencido de que essas são bases firmes da Revolução cubana que tanto o Partido, o Governo e o povo têm mantido e manterão para sempre, diz o ex-diplomata, que também foi Diretor de Escritório do Departamento de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista do Vietnã.

Conhecedor da América Latina e do Caribe por seu trabalho, Tien Tu retomou o tema da importância da visita de Obama e destacou que esta ultrapassa o marco bilateral porque - argumentou - trata-se de uma posição de guerra a uma de diálogo, de imposição a respeito mútuo, de confronto a convivência pacífica entre estados de diferentes regimes políticos.

Ao se referir a isso como uma tendência lógica e correta nas relações internacionais, afirmou que a visita terá seu efeito e influência e será um exemplo tanto na América Latina e no Caribe como em toda América e nos demais continentes.

Lembrou que o anterior foi evidenciado nas relações do Vietnã com os Estados Unidos, a Europa e as outras regiões, como está ocorrendo com Cuba.

Em resposta a como se imagina o país caribenho nos próximos anos, previu que a cooperação internacional com este aumentará muito, o que poderá ser apreciado no crescimento da chegada de turistas porque a corrente do bloqueio será quebrada.

Vai ser um país muito atraente, não só para os Estados Unidos e demais países ocidentais, senão que também para o resto do mundo, disse, e reconheceu a heroica luta do povo cubano para construir um futuro luminoso, objetivo, no que disse ter plena confiança que se cumprirá.

Sua admiração e agradecimento ao país caribenho dominaram a parte final da entrevista e nesse sentido destacou que no ano que vem comemorará cinco décadas de estar vinculado a ele, ao que considera sua segunda pátria.

Estamos orgulhosos de ser um quadro formado em Cuba e de trabalhar pelas relações entre os dois países, destacou o ex-embaixador, que disse sentir também um grande carinho pelo resto da América Latina e do Caribe.

E como se depois de todas essas expressões fosse necessário reafirmar seus sentimentos pela pequena ilha, despediu-se com a seguinte frase: sou metade vietnamita e metade cubano.


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