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181215 vitColômbia - Barricada TV - Victoria Sandino (foto) analisa as causas sociais e políticas que levaram à luta armada na Colômbia, país que se baseia historicamente em um modelo de exclusão e despojo, caracterizado por uma excessiva concentração de terra em poucas mãos e um aprofundamento do conflito social nas mãos da violência sem limites exercida pelo Estado para com o povo, tanto com o exército oficial como com paramilitares, somado a uma disposição por parte do povo que decidiu se levantar em armas. Na entrevista, fala sobre o início da violência na Colômbia, a partir do assassinato de Gaitán e a formação dos primeiros processos de resistência armados, entre eles o surgido em Marquetalia, que logo daria lugar às FARC-EP.


“A guerrilha colombiana não é um tema de paixão, nem de ondas, mas de uma resposta legítima à violência de um Estado sangrento, militarista e repressivo. Agora, se a luta armada continua sendo vigente? É claro que continua sendo vigente. É vigente porque as causas que as geraram não foram resolvidas”, afirma uma das representantes da Delegação de paz da insurgência.

Além disso, explica que a questão do uso das armas não é um tema de princípio da guerrilha, mas uma das formas de luta que utiliza para alcançar a revolução: “O que estamos fazendo hoje em dia é explorando outras rotas, talvez uma rota política menos dolorosa para nosso povo”.

“Quem não tiver o poder não poderá tornar realidade seus sonhos de justiça”, Victoria Sandino FARC-EP

Na segunda parte, a comandante Victoria Sandino analisa o papel das Forças Armadas da Colômbia e aponta a necessidade de que as forças de segurança sejam Bolivarianas e se ocupem de cuidar das fronteiras e da soberania nacional.

“As forças armadas colombianas são sustentadas e criadas sob a concepção da teoria da segurança nacional dos Estados Unidos e é base fundamental considerar seus compatriotas como o inimigo interno. Assim, se está falando das comunidades, dos setores populares, das comunidades camponesas que habitam os territórios, das comunidades negras, dos povos indígenas e suas formas de organização”.

Acrescenta que pelos interesses estratégicos, as forças armadas querem “um campo sem camponeses, sem indígenas e sem população afro com vocação agropecuária”. Também expõe que é preciso ocorrer mudanças de fundo e, para isso, a mesa de diálogo com o governo da Colômbia, em Havana, esboça uma serie de condições necessárias para que existam essas mudanças institucionais.

A respeito das discussões acerca da vigência da luta pelo poder, Victoria declara que “a única forma que os setores populares e as maiorias têm de produzir as mudanças que requer um país, é com a tomada do poder. Não existe outra”, e acrescenta “quem não tiver o poder dificilmente poderá tornar realidade seus sonhos de justiça”.

Por último, chama os movimentos sociais e organizações colombianas para formarem um grande bloco político, que possa disputar o poder com a oligarquia.

Entrevistas em vídeos (08/12/15):

Parte I e Parte II.

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB).


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