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310814 santaremPortugal - Avante! - A luta pela contratação de mais enfermeiros e por melhores condições para o Serviço Nacional de Saúde alargou-se a outros profissionais e teve ampla solidariedade em Lisboa, no Montijo, no Barreiro, no Algarve e em Santarém.


Para garantir o funcionamento mínimo das seis unidades que integram o Centro Hospitalar Lisboa Central são necessários tantos enfermeiros quantos aqueles 400 que Paulo Macedo fez saber que o Ministério da Saúde pretende contratar até ao final do ano.

A observação foi feita por uma dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, durante a acção de denúncia que foi realizada à porta do Hospital de São José, anteontem, com a presença solidária de representantes do MUSP e de comissões de utentes. Nos seis hospitais decorria entretanto uma greve, com adesão superior a 80 por cento, no turno da manhã.

sabel Barbosa, citada pela agência Lusa, lembrou que a carência de enfermeiros no CHLC acentuou-se nos últimos dois anos, com a saída de 253 profissionais. Também a contratação de 40 enfermeiros anunciada pela administração do centro hospitalar é claramente insuficiente, como se referia num comunicado do SEP/CGTP-IN, divulgado na sexta-feira, dia 22.

A redução do número de enfermeiros por turno, a organização de horários com excesso de dias de trabalho (o que representa trabalho extraordinário, que inadmissivelmente fica por pagar) e o encerramento de camas em vários serviços são sinais visíveis que o SEP aponta e que têm reflexo em intensos ritmos de trabalho, fadiga e exaustão.

Na segunda-feira, dia 25, estiveram em greve os enfermeiros dos turnos da manhã e da tarde nos hospitais do Barreiro e do Montijo, com níveis de adesão muito próximos dos cem por cento, acima das expectativas do SEP, como reconheceu Zuraima Prado. A dirigente regional do sindicato admitiu que uma acção mais abrangente possa ocorrer no futuro, pois trata-se de um problema nacional.

Na sexta-feira terminou uma greve de quatro dias dos enfermeiros do Hospital Distrital de Santarém. Helena Jorge, do SEP, referiu à Lusa que os níveis de adesão, nos três turnos, foram de 65 por cento na terça-feira, de 86 por cento na quarta e de 92 por cento na quinta, registando-se 70 por cento no turno da manhã de sexta.

Contando também com utentes, teve lugar na manhã de dia 21 um cordão humano, frente à entrada do hospital. Foi muito criticada a declaração da administração do hospital, de que estava a diligenciar superiormente para serem contratados 17 enfermeiros, quando o funcionamento regular exigiria mais 170.

Sob a consigna «Algarve unido pelo SNS», estiveram em greve no dia 22, por 24 horas, enfermeiros e pessoal administrativo e auxiliar dos hospitais e centros de saúde do distrito de Faro, convocados pelo SEP e o Sindicato da Função Pública do Sul e Açores. O Sindicato dos Médicos da Zona Sul manifestou apoio, embora não tenha podido apresentar pré-aviso de greve (é exigida maior antecedência do que na generalidade dos sectores). Entre os enfermeiros, os índices de adesão foram considerados históricos pelo SEP: acima de 90 por cento, nos três hospitais, e sempre acima de 70 por cento nos centros de saúde (excepto Olhão, com 53 por cento).

De tarde teve lugar uma tribuna pública, em Faro. Aqui, Vasco Cardoso, da Comissão Política do CC do PCP, interveio em representação do Partido.

Hoje e amanhã vão estar em greve os enfermeiros da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, de que fazem parte os hospitais de Viana do Castelo e Ponte de Lima e ainda 13 centros de saúde. O SEP refere algumas razões que repetem a situação nacional: horários com mil horas a mais, que não são contabilizadas como extraordinárias, e ainda mais 150 horas extraordinárias; impossível gozar folgas; pagamento com seis meses de atraso do pouco trabalho que é considerado extraordinário; enfermeiros responsáveis por mais de três mil utentes, quando a OMS preconiza 1200 (350 famílias).

A administração respondeu que «só precisamos de 19 enfermeiros», mas o sindicato contrapõe que apenas em dois serviços saíram onze.


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