Deste modo, e tendo em conta o desemprego real calculado pela CGTP, apenas 26% das pessoas sem emprego recebem esta prestação social.

Para além disso, o valor médio da prestação social desceu 20€ em um ano, atingindo agora os 460 euros.

A redução do número de pessoas abrangidas e do valor da prestação é reflexo das mudanças feitas na lei pelo Ministro Pedro Mota Soares. Hoje há mais gente na pobreza por causa destas alterações.

Nos últimos meses o governo de Passos Coelho tem-se vangloriado com a descida da taxa de desemprego, no entanto, está estabelecido na ciência económica que as economias só começam a produzir postos de trabalho de forma líquida, ou seja, na diferença entre trabalho criado e trabalho destruído, quando crescem perto dos 3%. No entanto, a economia portuguesa, deprimida por causa da austeridade que foi imposta, não está a crescer mais do que 0,6%, pelo que a redução na taxa de desemprego só se pode dever a outros fatores, como a emigração e o aumento dos desencorajados e dos “ocupados” nos estágios e programas de formação do IEFP.