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comboio metroPortugal - Esquerda - Em conferência de imprensa para clarificar à convocação da greve agendada para a próxima terça-feira (21), o Sindicato dos Trabalhadores da Tração do Metropolitano (STTM) alertou que "todos os dias param comboios" por questões técnicas e que é possível que acidentes como o descarrilamento que ocorreu a 29 de julho voltem a acontecer.


"Todos os dias paramos comboios devido a problemas técnicos, a avarias. Mas como isto não é um avião, não é notícia. A segurança, hoje, não é como há três anos", frisou José Silva Marques, representante do STTM.

Recordando o descarrilamento que ocorreu a 29 de julho, o dirigente sindical afirmou "ter medo que este tipo de acidentes comece a acontecer" devido à falta de condições de trabalho a que os trabalhadores têm sido submetidos.

José Silva Marques criticou a redução de operacionais, frisando que, atualmente, há menos 50 maquinistas a trabalhar, e acusou o secretário de Estado dos Transportes e a administração da empresa de estarem "a criar condições para piorar o serviço para entregar a empresa a alguém".

Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), esclareceu, por sua vez, que o objetivo da greve de 24h agendada para a próxima terça-feira, dia 21 de outubro, passa por protestar contra a concessão da empresa a privados, em detrimento do interesse público, a falta de condições de trabalho dignas e o desrespeito pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

"Com a privatização, teremos piores condições para os trabalhadores, pior serviço público e aumento dos tarifários", destacou, sugerindo que se compare o preço por quilómetro que os utentes pagam na Fertagus e no Metro.

"Também estamos contra os cortes salariais, o desrespeito pelo Acordo de Empresa e a diminuição do número de trabalhadores", acrescentou, lembrando que, embora, nos últimos 6 anos, o número de estações e de quilómetros tenha aumentado, mais cinco e mais 5,415 Km, respetivamente, a empresa perdeu 125 trabalhadores.

Anabela Carvalheira lamentou ainda a "falta de vontade" da tutela em ultrapassar estes conflitos, afirmando que "quer a administração, quer o Governo apenas têm fingido que querem negociar".

A par da FECTRANS e do STTM, estiveram também presentes na conferência de imprensa o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA), Sindicato da Manutenção do Metropolitano (SINDEM), Sindicato de Quadros (SENSIQ) e a Comissão de Trabalhadores.

Já na quinta-feira (16), representantes dos sindicatos dos transportes e comunicações e do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos concentraram-se no Largo Camões, em Lisboa, para alertaros utentes para "a degradação do serviço de transportes em Portugal".

Na estátua de Luís de Camões foi colocada uma faixa onde se podia ler "Contra a rapina. Trabalhadores dos transportes e comunicações em luta por mais e melhores serviços públicos".

O coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), José Manuel Oliveira, acusou o Governo de "estar a penalizar os utentes e os trabalhadores" do setor dos transportes e de, ao avançar com as "privatizações" do Metropolitano de Lisboa, da Carris, da Soflusa, da Transtejo, do Metro do Porto e da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), estar "ao serviço dos grandes grupos económicos e financeiros".


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