Isto porque a subida permanente do salário mínimo não agradou a Bruxelas e por isso o governo de Passos Coelho, que apenas precisa da medida para as eleições legislativas do próximo ano, não foi capaz de fazer o que seria normal.

O diploma promulgado antes mesmo de haver acordo formal e legal na concertação social relembra o acordo de 2006, onde se garantia que até 2011 o salário mínimo subiria aos 500€ e que não foi cumprido pelo governo PS e depois pelo governo PSD/CDS-PP.

Nessa altura, como agora, os patrões receberam descontos na taxa social única e, por isso, foram os próprios trabalhadores a pagar uma importante fatia do aumento.

Sejamos claros, com esta subida o salário mínimo líquido (depois dos descontos) não ultrapassa os €449,50. Ou seja, ainda está bem longe dos 500€.