Os passes e bilhetes aumentam, o serviço degrada-se, mas as empresas públicas de transporte têm prejuízos gigantescos devido aos swaps, que enchem os cofres de alguns bancos que os propuseram e fizeram, como o Santander Totta.
A STCP passou de um lucro no primeiro semestre de 2013 para um prejuízo de 30,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2014.
Segundo a agência Lusa, um comunicado da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) dá conta que a "variação do justo valor de 'swap' no primeiro semestre de 2014 face a igual período de 2013 foi negativa em cerca de 31,7 milhões de euros, traduzindo-se num agravamento dos resultados financeiros em cerca de 32,3 milhões de euros e nos resultados líquidos em cerca de 32 milhões de euros". Sem swaps a STCP teria tido um prejuízo de 314 mil euros, no primeiro semestre deste ano.
No primeiro trimestre, o conjunto das empresas públicas de transportes (CP, metros de Lisboa e Porto, Carris, STCP e Refer) tiveram uma perda conjunta de 78,7 milhões de euros devido à variação negativa do valor dos swaps.
O valor global das perdas potenciais dos swaps das empresas públicas de transportes atinge atualmente os 1.621,5 milhões de euros.
Segundo noticiou o jornal "I", em 21 de agosto passado, nove contratos swap assinados com o Santander, são os principais responsáveis destas perdas, com um montante negativo total de 1.261,6 milhões de euros.
Em finanças, swap (na tradução literal, "permuta") é uma operação em que há troca de posições quanto ao risco e à rentabilidade, entre investidores. O contrato de troca pode ter como objeto moedas, mercadorias ou ativos financeiros.