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060914 festavantePortugal - Prensa Latina - [Amilcar Morales Garcia] Desde sua primeira edição em 1976 até o dia de hoje, a festa do jornal comunista português Avante! constitui um dos principais e mais concorridos acontecimentos políticos, sociais e culturais de Portugal.


Após uma prolongada clandestinidade de 43 anos, o órgão oficial do Partido Comunista Português (PCP) foi editado de maneira legal a partir de 17 de maio de 1974, após a vitória da Revolução dos Cravos.

Uma das primeiras tarefas do semanário, dirigido então pelo jornalista Rubem de Carvalho, foi organizar uma festa que pudesse abrigar todos os movimentos progressistas, para trocar experiências e discutir sobre os principais problemas da atualidade.

Por fim, em setembro de 1976, dois anos depois da queda da ditadura encabeçada durante anos por António de Oliveira Salazar, teve lugar em Lisboa a primeira grande festa convocada pelo Avante!

O evento foi anunciado por Carvalho como uma "grande festa de vida, dessa vida que o fascismo reprimiu e tentou destruir, uma festa popular onde, finalmente libertado, o povo possa construir e conhecer a realidade de ser livre".

Desde esse primeiro instante o caráter do encontro ficou marcado pelo diálogo político e a cultura como veículos para fortalecer as consciências, por meio de mesas redondas, foros, conferências, mostras de teatro, de cinema, sem faltar um amplo espaço para a música.

Um elemento indispensável foi, ainda, a solidariedade internacional, à qual foi dedicado um amplo espaço, desde a jornada inicial, em que ondularam as bandeiras de países africanos recém libertados, junto às de outros povos empenhados em construir o socialismo em distintos pontos do planeta.

Com os anos a Festa do Avante! consolidou seu prestígio no país e fora de suas fronteiras e a cada setembro centenas de milhares de pessoas caminham até a Quinta de Atalaia, nos arrabaldes de Lisboa.

Na edição de 2013 participaram cerca de 400 mil pessoas, entre elas representantes de meia centena de delegações estrangeiras, que renderam homenagem ao centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, o histórico dirigente do PCP morto em 2005.

A festa deste ano, que abriu nesta sexta-feira (5), é dedicada ao 40º aniversário da Revolução dos Cravos, de 25 de abril de 1974.

Como já é habitual, uma boa parte dos pavilhões, cenários e outras instalações e serviços necessários para o êxito da festa foram possíveis graças ao trabalho de mais de 10 mil voluntários, que durante semanas se envolveram nestas tarefas.


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