O Instituto analisou as privatizações nestes países e descobriu que há na Europa um conjunto de profissionais das privatizações. Empresas e escritórios de advogados que ganharam milhões a assessorar os Estados e as empresas que iam comprar os bens públicos. Pode mesmo falar-se de uma industria das privatizações.
Muitas estão sediadas no Reino Unido, como a Freshfields Bruckhaus Deringer, a Clifford Chance, a Allen & Overy ou Norton Rose Fulbright e no caso de empresas financeiras temos a PricewaterhouseCoopers ou a Ernst & Young.
Houve vários casos de firmas, como a Lazarus, que assessoraram os Estados e os compradores simultâneamente e com claro conflito de interesses.
A maioria das privatizações foi feita sem que fossem feitos estudos e os estudos que foram feitos não são crediveis, porque não se baseam em factos. Não havia ganhos de eficiência. Todas as privatizações foram, por isso, ideológias.
As privatizações promoveram o crescimento da corrupção, de nepotismo e de conflitos de interesses. Veja-se em Portugal o caso do ex-secretário de Estado do Governo PSD-CDS Sérgio Monteiro para melhor compreender a questão.