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22429005515 5a7de9ea29 zEstados Unidos - Esquerda Diário - [Celeste Murillo] Com a maioria dos votos apurados, Donald Trump e Hillary Clinton se impuseram em Nova Iorque. As comemorações de terça-feira serão breves, antes de ingressar na última e decisiva etapa das primárias.


Trump levou tudo

Com mais de 70% apurado, Donald Trump alcançava facilmente o primeiro lugar na interna republicana, com 60,3% e quase todos os 95 delegados em jogo. Deixou muito atrás o governador de Ohio, John Kasich (moderado), e o senador pelo Texas, Ted Cruz (direita conservadora). Trump chegou à Nova Iorque com uma vitória assegurada e o respaldo de ninguém menos que o ex-prefeito Rudolph Giuliani, um [“semi-herói” entre os republicanos http://www.esquerdadiario.com.br/Eleicao-decisiva-em-Nova-York-como-chegam-Trump-e-Sanders]

Todavia, o principal desafio para Trump não seria definido em Nova Iorque, ainda que a vitória ajude, mas sim nas próximas semanas até a convenção republicana. Com esta vitória, Trump totaliza 851 delegados, relegando a Cruz um distante segundo lugar, com 559. Mas, se não alcançar os 1.237 delegados necessários para a nomeação, a possibilidade de uma convenção aberta ou negociada, onde se reabriria a discussão sobre quem seria o melhor candidato a presidente, se concretizaria.

Nas últimas semanas, esta parece ser a aposta de parte do establishment do partido, incomodado com a dianteira do multimilionário que se transformou em porta-voz da fúria da base republicana. O principal problema desta saída é, justamente, a base do partido. Segundo uma pesquisa da CNN, entre os votantes republicanos, 68% creem que o candidato deve ser aquele que tiver obtido a maioria dos votos nas primárias (mesmo que o candidato não nos convença).
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Hillary comemora, mas sem tapete vermelho
Com 81% apurado, a interna democrata terminava com 57,6% para Clinton e 42,4% para Sanders. Hillary apostou muitas fichas numa vitória política decisiva em Nova Iorque, estado que representou no senado e onde é considerada “local”. Depois de sete derrotas, a campanha de Clinton buscava desesperadamente uma vitória que lhe devolvesse o ímpeto e o entusiasmo que vêm lhe faltando nas primárias.

Mas o que é mais preocupante para Clinton e o establishment democrata é a impossibilidade de desativar a campanha do senador de Vermont, que a juventude adotou como candidato e reconhece como porta-voz de seu descontentamento com a elite política de Washington e os milionários de Wall Street. Vale lembrar que, segundo uma pesquisa da CNN, 72% dos eleitores entre 18 e 29 anos elegeram Sanders como candidato, e só 28% deles votou em Clinton. Esta continua sendo uma verdadeira pedra no sapato para a ex-secretária de Estado.

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Mesmo com a vitória de Nova Iorque, Hillary não pode assegurar a nomeação, nem a renúncia de seu concorrente. Sem dúvida, é difícil que Sanders se imponha – mesmo se acabasse conquistando o mesmo número de delegados com mandato (eleitos nas primárias) – sem o apoio dos “superdelegados”, que favorecem claramente Clinton. Mas isto não responde à pergunta de como reagirá a base eleitoral de Bernie Sanders e como irá “jogar” numa potencial candidatura presidencial de Clinton. Ainda há várias semanas de primárias pela frente, incluindo a da gigante California, para sabermos o quão definida está a corrida para a convenção democrata.

Traduzido por Seiji Seron

Foto: Brunosuras


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