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118438602 1b20b255e5 zIraque - Jornal Mudar de Vida - Comunicado do Tribunal-Iraque.


Entre 19 e 22 de Março, a força aérea dos EUA bombardeou a Universidade iraquiana de Mossul, causando dezenas de mortos e feridos civis.

 O ataque, desencadeado sob o pretexto de que o Estado Islâmico procedia ao fabrico de bombas nas instalações da Universidade, foi iniciado três dias antes dos atentados de Bruxelas e não mereceu qualquer destaque na comunicação social ocidental. Pode mesmo dizer-se que foi simplesmente ignorado — a melhor forma de tornar “inexistentes” para a opinião pública os actos de terror maciço praticado pelas exemplares democracias europeias e norte-americana.
O mesmo não se passa com as vítimas e em geral no mundo árabe. A iraquiana Souad Al-Azzawi, professora e investigadora em engenharia geológica e ambiental, difundiu nas redes sociais os seguintes testemunhos sobre o ataque, dando conta da barbaridade dos EUA e da revolta das populações atingidas.

22 de Março
“Em 19 e 20 de Março, a Força Aérea dos EUA bombardeou a Universidade de Mossul com bombas anti-bunker, como as que usou para matar os civis refugiados no abrigo de Al Ameria [um bairro de Bagdade] em 1991.
Com isto, os EUA enviaram uma mensagem de ódio e vingança no 13.º aniversário da invasão do Iraque. Os EUA costumam bombardear serviços e instalações do Estado à noite. Mas agora bombardearam a Universidade à 1h30 da tarde, quando a zona está cheia de gente. Eu tenho familiares em mais de 30 residências em Mossul. Todos eles estão aterrorizados, dia e noite, porque na realidade o bombardeamento não tem por alvo os centros de reunião do Estado Islâmico, mas sim as infraestruturas, os serviços do Estado e os civis.
Hoje [22 de Março], bombardearam o restaurante Kough, que também fica perto da Universidade, e todas as vítimas são civis.
Em 20 de Março, bombardearam a reitoria da Universidade, a faculdade de educação de mulheres, a faculdade de ciências, o centro de edições da Universidade e os dormitórios femininos. O número total de mortes é cerca de 50 e mais 120 feridos.
Matar civis inocentes não resolve o problema do Estado Islâmico — só empurrará mais gente a juntar-se a ele para vingar as perdas de bens e de familiares.”

23 de Março
“Um relato do jornal Al Hadath afirma que há 95 mortos e 155 feridos, todos estudantes e membros da Universidade.”

24 de Março
“O professor Dhafer al Badrani, ex-reitor da faculdade de Ciências Computacionais foi morto, com a sua mulher, em 20 de Março, no ataque à Universidade de Mossul. Os aviões norte-americanos bombardearam o edifício residencial dos membros da faculdade. Apenas uma criança sobreviveu em todo o edifício. Mulheres e filhos de outros membros da faculdade estão entre as vítimas.”

Tribunal-Iraque
13 Abril 2016

Foto: Daniel Lobo.


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