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171215 farcColômbia - Telesur - Rodrigo Granda, conhecido como Ricardo Tellez, líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP) disse quarta-feira que, a militância revolucionária quer acabar com a guerra que já dura mais de 50 anos no país sul-americano.


Dado o importante evento da assinatura das vítimas do conflito colombiano, Granda disse que pela primeira vez desde 1982, as vítimas estão no centro das preocupações das partes. "Este é um acontecimento importante ter sido capaz de alcançar o ponto sobre as vítimas do conflito."

Durante sua participação na entrevista Telesur Decide, lembra que "desde o início, o governo tentou rotular as FARC-EP como perpetradores somente, quando você sabe que o (grupo armado) também é uma vítima das forças de poder na Colômbia".

Granda explica que fizeram uso da rebelião armada em um sistema que lhes deixou nenhuma alternativa. No entanto, ele disse que "acreditamos no diálogo", especialmente quando há três anos, o presidente Juan Manuel Santos reconheceu as FARC-EP como uma organização política, ao contrário do ex-presidente Álvaro Uribe de que a organização era chamada de narco-terrorista.

‘’O governo antes não vinha dialogar com as FARC-EP, e Uribe vendeu ao pais e ao mundo que( a organização politica) estava derrotada politicamente’’, assinalou o integrante dos diálogos de paz que se desenvolveram em Havana.

Para desmontar esta campanha de midiática "fomos cautelosos, demonstramos que tínhamos sofrido golpes militares pesados, mas fomos derrotados ali" era inaceitável.

Rodrigo Granda disse que a organização guerrilheira trabalha para que o crime político na Colômbia seja restaurado e tenha "a mais ampla anistia possível’’.

Congratula com o fato dos colombianos discutirem sobre a justiça do seu país, ‘’ O poder mais podre da Colômbia’’, porque a jurisdição especial para a paz pode ajudar para que seja alcançada , dado que esta fundamentada em bases muito solidas.

‘’Nós também estamos com muita expectativa, temos tomado isso com muita humildade, não é um triunfo nosso, sai ganhando a Colômbia, mas ainda há coisas para se resolver’’, reflexionou.

E, ainda que se veja a luz no fim do túnel, deve ser desmontado o fenômeno do paramilitarismo na Colômbia para abrir caminho a paz.

Também disse que ‘’ Os prisioneiros de guerra existem, mas o Estado não quer aceitar’’ e reiterou que as Farc-ep estão contribuindo com quatro figuras destacadas da organização insurgente que chegaram a posições de governo por meio das urnas.

Quem é Rodrigo Granda?

Rodrigo Granda nasceu em Antioquia e tem 65 anos. Ele tem sido um membro ativo da Comissão Internacional das FARC há 15 anos, e tem mantido relações com o Partido Comunista da Colômbia (PCC), onde militou desde a sua juventude até 1989, quando ele se juntou a insurgência. Estando no PCC, foi nomeado diretor do movimento União Patriótica (UP), um partido político de esquerda da Colômbia, fundado em 1985 como parte de uma proposta de política de vários grupos insurgentes.

No entanto, o massacre desencadeado pelo Estado colombiano aliado com os paramilitares contra este grupo, forçou-o a mudar-se para outras organizações que permitem que se faça atividades político-organizacionais.

Finalmente, depois de vários anos entre essas partidos e as FARC-EP, ele se juntou ao "corpo de assistentes" do Secretariado e em 1997 foi eleito para o Estado-Maior Central do grupo rebelde e membro do Comitê Internacional com sede na Costa Rica.

Em 2004, ele foi sequestrado na Venezuela pela segurança do Estado da Colômbia, levado a este país ilegalmente e preso. Dois anos e meio depois, o então presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu sua libertação como um gesto de boa vontade para a libertação de alguns dos reféns das FARC-EP, incluindo a cidadã franco-colombiana Ingrid Betancur. Depois disso, ele continuou seu trabalho político - internacional com as FARC-EP.


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