1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (0 Votos)

030311_cabindaCabinda - Jornal de Angola - Um surto de conjuntivite de espécie viral assola a província de Cabinda há quinze dias. A doença é altamente contagiosa devido o tipo de secreção que produz na mucosa da vista das pessoas infectadas. O Departamento de Saúde Pública e Controlo de Endemias tem já notificado cinco mil casos, diagnosticados no hospital central de Cabinda e em outras unidades sanitárias locais. Associado a esse surto, está, também, o sarampo com 77 casos notificados em menos de dois meses em crianças dos nove meses aos cinco anos.


O responsável da saúde pública e controlo de endemias, António Gomes Tati, que confirmou o facto ao Jornal de Angola, disse que as autoridades sanitárias da província estão muito preocupadas com o surto de conjuntivite que se regista com maior incidência no município sede "já que, mesmo com as medidas profiláticas recomendas pelos técnicos de saúde, a doença apresenta fortes sinas de progressão".

 

Sem avançar muitos detalhes, António Gomes Tati, referiu, contudo, que as informações disponíveis de "fontes oficiosas", admitem a origem da doença como sendo a fronteira de Massabi, que divide a província de Cabinda com a região de Ponta Negra República, no Congo Brazzaville.

"Não temos, oficialmente, dados sobre a origem da doença, mas as pessoas dizem que veio da fronteira de Massabi", disse António Gomes Tati, advertindo, no entanto, que por se tratar de uma conjuntivite de origem viral, a sua é lenta podendo o tratamento levar entre 10 a 15 dias.

"Tendo em conta os argumentos clínicos que os pacientes apresentam aos médicos em hospitais, concluímos tratar-se de uma conjuntivite de origem viral e não bacteriana, nem micótica ou alérgica", sublinhou.

Consequências

O que o deixa particularmente preocupadas as autoridades sanitárias, segundo António Tati, são as graves consequências que a conjuntivite viral pode causar a pessoa infectada quando o tratamento não surtir efeitos desejáveis dentro do período previsto- 10 a 15 dias.

As complicações, disse, resumem-se, em sobre infecções que podem sair de uma simples conjuntivite viral, para se tornar bacteriana causando fortes lesões a "região da córnea do olho e sobretudo a hiper secreção, situação que não permite a pessoa abrir a vista.

Apelou, por isso, a população a não fazer uso de qualquer tipo de pomada ou um outro remédio não prescrito por médico contrariamente o comportamento de algumas pessoas, aconselhadas a usar urina, folhas de plantas e outras secreções de origem duvidosa.

"No caso de contrair uma conjuntivite, a terapêutica recomendada deve ser a base de soro fisiológico, lavando as vistas três a cinco vezes ao dia dependentemente da secreção que a doença produzir", advertiu António Tati, notando que "além disso, os médicos foram recomendados a administrarem alguns colírios anti-virais, como por o Aciclovir, fármaco bastante activo nos adenovírus e nos hirper - vírus, dois vírus responsáveis pelas epidemias frequente no meio em que vivemos".

"Neste preciso momento estamos a usar um tipo de colírio que é gentamicina com o propósito de evitar a sobre infecção que pode complicar a epidemia que temos aqui em Cabinda", sublinhou, avisando as pessoas afectadas pela conjuntivite a evitarem a exposição ao sol, por existir uma "foto fobia" - reflexo solar nocivo, por um lado e, por outro, como medida de se evitar a contaminação à outras pessoas.

Recomendou a intensificação das sessões de lavagem das mãos, pois, como sublinhou "a qualquer momento podemos manter contacto com a pessoa contaminada e tirarmos a secreção e metermos nas vistas e dai contaminarmo-nos".

Sarampo

Por outro lado, o chefe de departamento da saúde pública e controlo de endemias alertou para o surto de sarampo na província que está a afectar um considerável número de crianças, dizendo que só em dois meses houve uma registo de 77 casos dos quais de que resultou a morte de cinco crianças.

"Desde já declaramos um surto de sarampo a nível da província de Cabinda, neste momento estamos a intensificar a vacinação de rotina às crianças dos noves meses aos cinco anos, por ser a faixa etária mais afectada".

António Tati apela as mães cujos filhos não tenham sido vacinados contra o sarampo aos noves meses a fazê-lo. No hospital central de Cabinda estão neste momento internados 14 crianças afectadas por sarampo e cujo quadro clínico é "deveras preocupante".


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.