O facto, segundo o administrador de Nhamatanda, Sérgio Moiane, preocupa sobremaneira as autoridades, razão pela qual foram reactivados os Comités Locais de Gestão de Riscos de Calamidades e Comissão Distrital de Emergência. Trata-se das comunidades de Matenga, Bebedo e Nampoca, numa altura em que o Púnguè se encontra a menos de 45 centímetros para atingir o alerta fixado na região, em 6.50 metros.
Com o abrandamento das chuvas no terreno, o rio Metuchira voltou ao seu leito depois de isolar as comunidades das duas margens na sequência do transbordo que interrompeu mesmo a circulação rodoviária até ao ponto de deixar a ponte submersa.
Mesmo assim, a fonte adverte à população que o perigo ainda não passou pelo facto do País entrar na fase de pico das chuvas e as previsões meteorológicas apontarem para chuvas abundantes à montante daquele rio, concretamente na vizinha província de Manica. Entretanto, Moiane ressalvou que tudo está a ser preparado para que as pessoas não fiquem afectadas pelas intempéries, sendo que algumas delas já saíram das áreas susceptíveis a inundações. Por outro lado, a fonte avançou que as mesmas zonas de risco servem apenas na prática da produção da segunda época, na base do aproveitamento da humidade.
Contudo, referiu que a população de Nhampoca e Bebedo pode estar cercada pelo rio Metuchira cujo recurso de comunicação vai ser apenas na base da canoa. Com efeito, o Governo mobilizou semana finda uma embarcação a motor fora de bordo que serve para a travessia de pessoas, enquanto decorrem na fase conclusiva as obras de construção da respectiva ponte.
Enquanto isto, está em curso o processo de construção de 36 casas melhoradas na zona de reassentamento das últimas vítimas de inundações, no distrito de Nhamatanda e outras 14 estão na fase de cobertura.