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030811_cabindaCabinda - Ibinda - A resistência e a sociedade civil cabindesa alertaram sempre que existia uma lista com os nomes de nacionalistas cabindas que Angola pretendia deter a fim de extinguir as correntes independentistas no exterior. Apesar de Luanda negar, supostamente, o documento existe.


Segundo vários testemunhos a lista inicial foi alterada logo após o ataque da FLEC a 8 de Janeiro contra selecção nacional de futebol togolesa que se deslocava a Cabinda para participar na Taça das Nações Africanas. Após os assassinatos de Gabriel Nhemba «Pirilampo» e Maurício «Sabata», assim como o desaparecimento de João Baptista Júnior «Vinagre», os rumores prosseguiram aludindo que os nomes dos três guerrilheiros constavam no referido documento.

No início de Junho, a detenção de Agostinho Chicaia no aeroporto de Kinshasa suscita novamente dúvidas sobre a existência da «lista angolana». A DGM (Direcção Geral de Migração) congolesa terá justificado a detenção do presidente da extinta Associação Cívica de Cabinda – Mpalabanda como no cumprimento de um pedido formulado oficialmente pela embaixada de Angola em Kinshasa que solicitava a detenção imediata de mais de duas dezenas de cabindas residentes no estrangeiro, assim que fossem identificados. O nome de Agostinho Chicaia constava nessa relação e, para a DGM, a sua libertação dependeria exclusivamente de Angola.

Segundo fontes da PNN na lista, recomposta após o ataque de 8 de Janeiro, constam os nomes de Afonso Massanga, Agostinho Chicaia, António Kitembo, Carlos Moisés, Estanislau Boma, Francisco Lubota, Jean-Claude Nzita, João Baptista Gimi, Joel Batila, José Luis Veras, Kimbakala Buco, Landu Kama, Martinho Lubango, Ngimbi Carneiro, Norberto Itoula, Natalício Chincocolo, Nzita Henriques Tiago, Osvaldo Buela, Rodrigues Mingas, Roland Bembely, Sabina Chibinda e Stephane Barros. Gabriel Nhemba «Pirilampo», Maurício «Sabata» e João Baptista Júnior «Vinagre» teriam constado na mesma relação.

As mesmas fontes adiantaram que o Governo angolano teria transmitido a «lista» a todos os seus parceiros políticos internacionais, entre os quais a República Democrática do Congo (RDC) que procedeu imediatamente à identificação e localização dos «suspeitos» eventualmente presentes no seu território. Terá sido também com base neste documento que alguns dos nomes citados fossem interrogados em vários países e que provocou a aceleração das diligências para a detenção de Rodrigues Mingas em França.

Perante a mediatização da detenção de Agostinho Chicaia e das declarações da DGM aos responsáveis do OCDH (Observatório Congolês dos Direitos Humanos) na RDC, Luanda refutou a existência da «lista» e consequentemente a Embaixada de Angola em Kinshasa negou ter transmitido qualquer documento às autoridades congolesas onde solicitava a detenção de presumíveis nacionalistas cabindas.

Face à posição inflexível angolana, reiterada pela sua embaixada em Kinshasa, o chefe do executivo congolês, Adolphe Muzito, terá decidido também não reconhecer e invalidar o documento com os nomes de 23 cabindas residentes no estrangeiro que Angola quer na prisão.


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