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161210_corrupomMoçambique - Canalmoz - — revela Álvaro Carvalho, ex-director financeiro do Ministério, agora co-réu no "Caso Manhenje"


O antigo director financeiro do Ministério do Interior (MINT), agora co-réu no caso do desvio de 220 milhões no MINT, Álvaro Carvalho, disse que desde a criação deste ministério até à data em que ele deixou de exercer as funções, em 2008, nunca tinha havido naquela instituição alguma inspecção das Finanças, nem auditorias financeiras. Carvalho atribuiu, em parte, a este facto o uso indevido dos fundos orçamentais do MINT.

 

Alves Carvalho falava terça-feira última durante as alegações finais ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, no último dia do julgamento que teve como principal réu, o ex-ministro do Interior, Almerino Manhenje.

Carvalho disse que o Ministério do Interior sempre trabalhou com o Departamento Zero, junto do Ministério da Finanças. Este departamento aloca fundos aos pelouros que zelam pela segurança no país, nomeadamente os Ministérios da Defesa, Interior e Serviço de Informação e Segurança do Estado, SISE.

"O Departamento Zero analisava as nossas despesas e nunca nos chamou à atenção. Esta auditoria das Finanças foi a primeira desde a criação do Ministério do Interior. Esta instituição é complexa e específica. Apareciam situações não planificadas e não podíamos fazer "omeletas sem ovos'', disse.

Outro co-réu, Rosário Fidélis, falando a última vez que o tribunal lhe concedeu a palavra, disse que sendo um dos visados pela auditoria nunca teve contacto com os auditores das finanças com vista a poder clarificar como é que foram feitas algumas despesas. "Quando tentámos entregar os documentos já era tarde porque estávamos na cadeia".

"Não fomos ouvidos pela auditoria. Nunca houve auditoria no Ministério do Interior, Nunca fomos advertidos, nem pelo Tribunal Administrativo, nem pelo pelas Finanças. Fizemos tudo para o bem do Estado'', disse defendendo-se.

A inexistência de auditorias e inspecções financeiras pode não ser caso isolado do MINT. Outros ministérios e instituições do Estado podem estar a passar pela mesma situação, propiciando o uso abusivo do dinheiro do Estado, que aconteceu no MINT.


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