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081110_mulheresMoçambique - Canalmoz - O país ainda regista inúmeros constrangimentos para alcançar a verdadeira emancipação da mulher, não obstante alguns progressos no que diz respeito à participação da mulher nos órgãos de tomada de decisão em Moçambique. Esta foi a mensagem deixada pelas mulheres participantes na segunda Conferência Nacional sobre Mulher e Género que decorre desde ontem, na presença do presidente da República.


Da conferência que decorre desde ontem até hoje em Maputo, participam mais de 300 mulheres provenientes de todos cantos do país. A abertura do evento coube ao presidente da República, Armando Guebuza, e contou com a presença da ministra da Mulher e Acção Social, Iolanda Cintura.

Foi perante o chefe de Estado que as diferentes mulheres que intervieram no encontro, reclamaram o facto de a igualdade de género continuar a ser uma "miragem", pois apesar do esforço que vem sendo feito, "ainda está longe de ser alcançada". Questões tais como políticas de protecção dos direitos das mulheres, desencadeamento das campanhas de educação e sensibilização da população sobre o valor da mulher na sociedade, são algumas das que foram levantadas no encontro.

Perante estas reclamações, o presidente da República, Armando Guebuza, defendeu a necessidade de formação da mulher, como um dos principais pressupostos para o país alcançar a igualdade de género. Guebuza apelou ainda às organizações da sociedade civil para contribuírem para a emancipação da mulher, apontando que este não é papel exclusivo de Estado.

"Devemos nos dias de hoje incentivar ainda mais as mulheres sobretudo as raparigas a estudar de modo a promover a sua participação na vida política e socioeconómica do país."

Por sua vez, a ministra da Mulher e Acção Social, Iolanda Cintura, defendeu que a igualdade de género e a luta contra a violência doméstica é uma prioridade do seu ministério de modo a reduzir o sofrimento a que as mulheres estão submetidas, sobretudo das zonas rurais. A ministra encorajou as mulheres, sobretudo as das zonas rurais, a denunciarem as autoridades locais os casos de violação dos seus direitos.

Violência doméstica contra a mulher está a custar rios de dinheiro ao Estado

Segundo um estudo realizado pelo Centro de Coordenação dos Assuntos de Género da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a violência doméstica poderá custar ao Estado moçambicano até 2012 cerca de 88 milhões de meticais (1 USD = 37,00 MT). Ainda de acordo com os dados divulgados pela UEM referente a 2005/2008 já foram gastos cerca de 44 milhões de meticais em atendimento e assistência às vítimas da violência doméstica.

Estes dados resultam de um estudo feito Maputo-cidade e província de Maputo, Beira e Nampula. Foram apresentados por Generosa Cossa, do Centro de Coordenação dos Assuntos de Género da UEM.

Generosa Cossa disse que este valor representa uma enorme perda para o Estado, que pode ser evitada se as pessoas mudarem de comportamento.


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