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portugal desempregoPortugal - Esquerda - Associação de Combate à Precariedade - Precários Inflexíveis, criticou na segunda-feira (20) a facilidade com que se despede em Portugal, argumentando que isso provoca um aumento do número de trabalhadores com vínculo precário.


Os números avançados no boletim estatístico do ministério da Economia não são surpreendentes. De acordo com as estatísticas, Portugal conta atualmente com 1,3 milhões de trabalhadores com vínculos precários, sendo que, só no segundo trimestre, houve um acréscimo de 25 mil casos.

"Nos últimos anos, tem crescido a argumentação de que em Portugal é difícil despedir e que a nossa legislação é muito rígida, mas o que tem vindo a acontecer é uma facilidade de despedimento, que provoca a substituição de trabalho que antes era trabalho com direitos por trabalho precário", afirmou Ricardo Valente, dirigente de Precários Inflexíveis.

A preocupação de Valente dirige-se, hoje em dia, sobretudo para o prolongamento "infinito" de contratos a prazo e para o crescimento das empresas de trabalho temporário. "Inicialmente os recibos verdes tinham uma importância muito maior, eram muito mais representativos do mundo da precariedade, porque era uma forma de trabalho precário implantada há mais tempo", lembrou, adiantando que, nos últimos anos o que tem acontecido sobretudo é "a instalação de contratos a prazo infinitos".

Por outro lado, criticou Ricardo Vicente, "nos últimos tempos também se tem facilitado a instalação de empresas de trabalho temporário" em proporções que o responsável considerou "bastante preocupantes".

Mais ainda quando "se fala dos serviços que são hoje prestados pelos centros de emprego por serviços prestados por empresas de trabalho temporário", acrescentou, sublinhando que o trabalho temporário é sempre precário.

Para refletir sobre todas estas dificuldades e tentar encontrar formas de as combater, a associação está a preparar uma segunda edição do Fórum Precariedade e Desemprego, agendada para 13 e 14 de dezembro.

"Queremos juntar movimentos que atuem em Portugal, e não só, e pensar juntos em formas de responder ao desemprego e à precariedade", explicou Ricardo Vicente

Ainda sem programa definido, o fórum visa "construir novas respostas, da forma mais articulada possível, e pensar em momentos de contestação à situação atual em Portugal", concluiu.

Segundo os números do boletim estatístico do Governo, já há 591,5 mil portugueses a trabalhar a tempo parcial, além de 630,1 mil com contratos a prazo, sendo que o principal motivo para inscrição em centros de saúde é o fim desses contratos.


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