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tribunal 5Portugal - Esquerda - Os funcionários judiciais fizeram greve na sexta (26) para exigir mais funcionários e protestar contra a desconsideração de que foram alvo na organização judiciária. A greve teve adesão entre 85 e 90%, segundo o sindicato. Em outubro, haverá paralisação de uma comarca por dia.


O presidente do sindicato dos funcionários judiciais (SFJ), Fernando Jorge, disse que a adesão à greve no Palácio da Justiça de Lisboa foi de cerca de 93%, enquanto no Campus da Justiça de Lisboa foi de cerca de 90%.

Em vários tribunais registou-se adesão de 100%, é o caso de: Viana do Castelo, Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, Ferreira do Alentejo, Santiago do Cacém, Ponte de Sôr, Amadora e Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra, tendo neste último a adesão provocado o adiamento de diligências.

A agência de notícias Lusa refere que em Santarém se registou 96 por cento de adesão, Setúbal 97 por cento e Tribunal da Relação de Coimbra 80 por cento e que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra fechou, após registar adesão máxima.

Fernando Jorge disse à Lusa que a "adesão elevada é a prova que os funcionários estão indignados com tudo" o que se está a passar na justiça e "convictos das razões que motivaram a greve", alertando ainda que a situação na justiça está a deixar os funcionários "desmotivados".

No Barreiro, junto ao Tribunal, realizou-se uma ação de protesto com a participação de funcionários judiciais, advogados e magistrados.

Irene Bento, funcionária do Tribunal do Barreiro há cerca de 14 anos, disse à Lusa que a situação está complicada com o volume de processos que chegaram de outros tribunais, como Almada, Moita ou Montijo e afirmou: "O nosso trabalho está complicado, pelos muitos processos que vieram, no caso do Tribunal do Trabalho do Tribunal de Almada. Temos processos que não foram redistribuídos, apesar de eles estarem cá fisicamente".

Na Guarda, o tribunal da comarca paralisou com a adesão de 35 dos 38 funcionários. Segundo a Lusa, uma fonte declarou: "Dos 38 funcionários estão três a trabalhar. Está tudo parado. [O Tribunal] só não está é fechado. Os três funcionários que não estão em greve estão em serviços mínimos".

O advogado Tiago Gonçalves, com escritório na Guarda, que se dirigiu ao tribunal para consultar um processo declarou: "Adiro inteiramente aos fundamentos da greve dos funcionários. A Justiça está parada e não havia motivos para isso. A ministra está sempre a dizer que isto [a nova organização judiciária] está a funcionar, mas não está a funcionar na sua grande maioria, pondo em causa o trabalho de todos os operadores judiciários".


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