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tesoiraPortugal - Esquerda - No dia em que são conhecidos os novos valores da dívida portuguesa, a terceira que mais subiu na Europa no primeiro trimestre, os "peritos" do FMI apresentaram um novo relatório onde defendem que os salários dos portugueses não caíram nos últimos anos.


Uma das medidas propostas pelo relatório "Ajustamento nos países da zona euro com défice: progressos, desafios e políticas" é a redução dos salários para "acelerar o ritmo de ajustamento e conter os seus impactos negativos no desemprego".

A ideia repetida pelo FMI e pelo Governo, ao defenderem que baixar salários aumenta o emprego, foi posta em causa pela realidade portuguesa dos últimos anos. Mas a relação do FMI com a realidade continua problemática, com os técnicos do Fundo liderado por Christine Lagarde a defenderem que "em Portugal e Espanha, os salários não caíram e as reduções registadas nos custos unitários do trabalho (5% a 10%) vieram acima de tudo da destruição de emprego" entre 2009 e 2013.

A famosa "rigidez do mercado de trabalho", que na última década tem servido de mote à instalação da precariedade como regra das relações laborais, continua a ser apontada pelo FMI como a grande responsável pelos desequilíbrios das contas externas e a fragilidade do setor exportador.

Dívida portuguesa fica bem longe das metas do governo

O aprofundar dos cortes salariais que o FMI prescreve a países como Portugal surge no dia em que são conhecidos os números da dívida pública no primeiro trimestre. Portugal regista a terceira maior subida entre os países da UE, com a dívida a atingir 221 mil milhões de euros, cerca de 133% do PIB.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, a dívida pública portuguesa aumentou 5,5% e fica a curta distância da segunda maior dívida em percentagem do PIB - a italiana, com 135,6%. A liderança do ranking da dívida pública continua a pertencer à Grécia, com 174,1% do PIB, que no entanto viu descer essa percentagem no período em análise.

Estes números vêm contrariar as contas do Governo, que previam um recuo da dívida este ano para os 126,7% do PIB. Mas apesar da descida das taxas de financiamento de Portugal nos mercados financeiros, o que está a acontecer é precisamente o contrário e tudo indica que Portugal vai fechar o ano com a dívida a mais que duplicar o limite imposto pelo Tratado Orçamental.


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