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160116 aVenezuela - Carta Maior - [Jeferson Miola] Comunicado da Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela.


A Nota Oficial das Forças Armadas da Venezuela que adiante publicamos traduzida em português pode assumir uma dimensão histórico-jornalística de grande alcance. Não se pode desprezar que a evolução dos acontecimentos na nação bolivariana poderá trazer desfechos indesejáveis.

A Nota tem a linguagem e o tom que são próprios do apaixonado debate político-ideológico na Venezuela, com chavistas e oposição [da moderada à fascista] debatendo em tom ruidoso. O texto, duríssimo na mensagem, é escrito por um actor cujo poder está gravado na Constituição Bolivariana e nas Leis do país. O poder da República Bolivariana, é bom lembrar, é sustentado pela “coligação cívico-militar” bolivariana.

A oposição recém-empossada para dirigir a Assembleia Nacional do país pretende converter o Parlamento no contrapoder à Revolução Bolivariana; na própria Contra-Revolução. Nos primeiros gestos, agride os valores, símbolos e imagens que, goste-se ou não, estão inscritos na Constituição promulgada em 1999.

Aparentemente, por essa razão os militares venezuelanos manifestaram-se com indisfarçável gravidade. O texto pode ser tomado como o prelúdio de escaramuças no país vizinho. O melhor seria a oposição exercer na plenitude a sua legitimidade, mas no marco da mais absoluta constitucionalidade e legalidade.

De contrário, a temperatura política e a conflitualidade social poderão aumentar, assumindo padrões preocupantes. No curso da história, quando o embate evolui para a violência, o impasse pode desembocar em situações de guerra civil.

Oxalá não seja esta a evolução dos acontecimentos na Venezuela, porque de outro modo estaríamos ingressando numa etapa perturbadora da geopolítica regional e também mundial. Os Estados Unidos, como a história ensina, não ficariam indiferentes à crise na Venezuela, assim como não são indiferentes hoje – vide as intromissões e desestabilizações directas ou apoiadas/financiadas que promove no país petro-caribenho.

A América Latina não merece ver uma Síria ser criada no seu território – isso seria o pior dos mundos.

Comunicado da Força Armada Nacional Bolivariana em desagravo ao ultraje da memória do libertador Simón Bolivar, à memória do comandante supremo Hugo Chávez, ao presidente constitucional da República como personificação do Estado e Comandante da Força Armada Nacional Bolivariana e à honra militar

A Força Armada Nacional Bolivariana, em inquebrantável unidade, e consciente do momento histórico que o nosso país vive, expressa a todo o povo venezuelano a sua profunda indignação pela forma desrespeitosa, carregada de desprezo e soberba, com que se ordenou a retirada das imagens de nosso libertador Simón Bolivar, do comandante supremo da revolução bolivariana Hugo Chávez e do cidadão Nicolás Maduro Moros, Presidente Constitucional da República Bolivariana da Venezuela, das instalações do Palácio Federal Legislativo, onde ocorreu a recém-instalada Assembleia Nacional.

Simón Bolívar é o pai da pátria, homem de altíssima honra, um símbolo sagrado para todos nós e de especialíssimo valor para a América Latina. A sua gigantesca obra emancipatória deu a independência a cinco nações e permitiu a fundação de outra, epopeia heróica reconhecida no mundo inteiro que permanece incólume na consciência colectiva de todos os seres humanos amantes da liberdade. Por tal razão, as representações materiais que dele foram feitas, de qualquer natureza e origem, serão sempre objecto de admiração e respeito de quem orgulhosamente é herdeiro das suas glórias. A nova imagem do seu rosto sendo usada oficialmente nas dependências públicas é o produto de uma investigação científica com a participação de personalidade nacionais e internacionais, cujo objectivo não foi outro além de exaltar a sua memória

A história de Bolívar é a história da Venezuela, e a história da Venezuela é a história da América!

A nossa Carta Magna, que nasceu de um processo constituinte sem precedentes, invoca o exemplo histórico do libertador e por tal motivo, neste mesmo processo, a República adquiriu o seu carácter bolivariano; continua sendo hoje a República Bolivariana da Venezuela; a transformação política, social e económica que ocorre na Venezuela surge destas raízes, desta mesma doutrina instituída pelo próprio libertador; é indefectivelmente a Revolução Bolivariana. Como consequência, os homens e mulheres soldados da Pátria estamos orgulhosos de ser, de nos sentir e de nos chamarmos bolivarianos, e de agora sermos a Força Armada Nacional Bolivariana.

Por outro lado, o Comandante Supremo Hugo Rafael Chávez Frías é um filho desta nação, forjado no calor de nossas academias militares.

Na sua Carreira militar, desde a qual, sempre baseado no ideário e acção de Bolívar, empreendeu a colossal transformação dos destinos do País, para resgatar um povo oprimido pela oligarquia que promovia o sistema de capitalista de exploração; para colocar a sua visão de um mundo multipolar; da necessária integração latino-americana, socialista, anti-imperialista e profundamente humanista, transcendeu as nossas fronteiras para levar benefícios aos mais despossuídos e vulneráveis em diferentes latitudes, colocando os pobres num altar. As suas conquistas do ponto de vista social são inumeráveis: milhões de compatriotas foram beneficiados, orientados sempre a garantir a maior soma de felicidade possível. Tal como fez Bolívar, dedicou e ofereceu a sua vida a serviço da sua nação, à sua defesa e desenvolvimento, despertando a consciência nacionalista de todos os venezuelanos e venezuelanas que habitam esta terra graciosa.

Da mesma maneira, o presidente constitucional da República Bolivariana da Venezuela, Comandante da Força Armada Nacional Bolivariana, Nicolás Maduro Moros, é a máxima autoridade do Estado, eleito pelo voto popular, enfrentou complexos obstáculos, adversidades de todo tipo e seguindo os passos de Bolívar, defende hoje o interesse nacional, ao qual reiteramos a nossa absoluta lealdade e irrestrito apoio.

Agredir a memória eterna daqueles que já não estão fisicamente entre nós é um acto decadente e nojento que acaba com o princípio da honra militar, que se materializa diante da tomada de consciência no contexto de uma sociedade que se rege por princípios cidadãos. Ultrajaram a honra militar! Por tudo isso, a Força Armada Nacional Bolivariana, cujos integrantes somos de irredutível vocação bolivariana e consequentemente chavista, rechaçamos categoricamente qualquer acto no qual se desrespeite e se manche a memória de homens tão destacados, defensores da justiça e da igualdade, pois ao fazê-lo ofendem-se também a dignidade e as mais puras tradições venezuelanas e de toda a América. Exigimos que acabem imediatamente com actos desta natureza, que em nada contribuem com a harmonia, e entendimento e a paz entre os nossos conterrâneos.

“Chávez vive, a Pátria segue”
“Independência e Pátria Socialista...”
“Viveremos e venceremos”

Vladimir Padrino Lópes

General e Ministro do Poder Popular para a Defesa e Comandante Estratégico Operacional.


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