Suzano Costa, coordenador da Tertúlia Crioula, é um desses cabo-verdianos que se juntaram a este movimento de jovens em Portugal, que se estima entre 200 a 300 mil pessoas , e onde eram visíveis outras nacionalidades exibindo mensagens de descontentamento.
D. Santos, uma jovem portuguesa de origem cabo-verdiana, 20 anos, fez a sua estreia numa manifestação, porque também está cansada de trabalhar em "mac donald's», «call center's », trabalhos onde nunca sabe se chega ao fim do mês. «Agora trabalho num restaurante , mas nem recibo tenho. Como posso algum dia ter algo meu?».
O movimento de protesto, que se realizou pela tarde de sábado em 12 cidades portuguesas, foi desencadeado por jovens licenciados, mas a ele aderiram espontaneamente filhos, pais e avós. Os adultos protestavam contra o novo plano de austeridade anunciado pelo governo português, sexta-feira passada.
As suas mensagens são sobretudo de descontentamento pela precariedade do emprego, mas também se insurgem contra os recibos verdes, a falta de oportunidades que levam muitos jovens até com doutoramento, continuem no desemprego. O novo plano de austeridade, apoiado pelo União Europeia, e que exige dos portugueses mais sacrifícios é outra política que esteve na berllinda este fim-de-semana em Lisboa.
Várias figuras politicas e artistas, sobretudo de esquerda, associaram-se ao protesto da geração à rasca.