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05228525Palestina - Esquerda - Vídeo foi divulgado por uma organização de direitos humanos e o soldado foi, segundo o Exército, detido pela polícia militar. O facto de haver uma documentação deste crime dá razão à ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, que em janeiro exigiu a investigação de assassinatos de palestinianos pelas forças israelitas e foi banida do país.


O vídeo de um soldado israelita a abater um palestiniano foi divulgado pela associação de direitos humanos B’Tselem. O exército garante que o sucedido foi atípico e que será investigado, mas há várias vozes que denunciam que a única coisa extraordinário no crime é ter sido documentado. O acontecimento deu-se na cidade de Hebron e houve um segundo palestiniano assassinado, embora não apareça no vídeo.

Segundo o Jerusalem Post, citado pela RTP, o deputado Ahmed Tibi, da "Lista Conjunta", um partido predominantemente palestiniano e israelita, afirmou que o exército “abate e executa palestinianos a sangue frio, devido ao incitamento de ministros e políticos israelitas. Esses políticos não são menos responsáveis por esta execução de hoje do que o soldado que disparou".

O presidente do mesmo partido, Ayman Odeh, denunciou que "nos últimos meses, Israel tornou-se um lugar em que sucedem execuções públicas aclamadas por multidões. O Estado de Israel tenta manter a sua reputação como Estado de direito, mas a verdade é que os seus ministros repetidamente apelam para que o povo execute qualquer pessoa suspeita".

Segundo estas vozes, o único acontecimento fora do comum neste caso é que, desta vez, houve um registo de um dos crimes, e esse registo foi divulgado. As vítimas chamavam-se Ramzi Qasrawi e Abdelfattah Sharif e foram acusados pelo exércido de esfaquear um soldado israelita. O porta-voz do Exército, o brigadeiro Moti Almoz, ao The Times of Israel e igualmente citado pela RTP, garante por sua vez que o sucedido é “atípico” e que o soldado responsável foi preso e será investigado, assim como o serão todos os soldados que aparecem no vídeo a presenciar o ato.

A divulgação deste vídeo vem dar razão à ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Margot Wallström, que, em janeiro deste ano, exigiu a investigação das mortes de palestinianos acusados de estarem envolvidos nos ataques a tropas e civis israelitas. Durante quatro meses, houve ataques de palestinianos a israelitas, nos quais 24 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, o que foi criticado em dezembro de 2015 pela ministra sueca. A ministra afirmou que a resposta israelita foi desproporcionada e no início de 2016 pediu uma investigação às denuncias de assassinatos de palestinianos pelas forças israelitas.

Pelo menos 141 palestinianos foram mortos por israelitas, dois terços dos quais tinham sido acusados por Israel de serem atacantes e os restantes foram assassinados em desacatos com as forças policiais. “A resposta não podem ser execuções extrajudiciais, ou torna-se desproporcional e os números de mortos no outro lado são muito maiores do que o número de vítimas original”, afirmou Margot Wallström, citada pelo The Guardian.

Na altura, em resposta às acusações, Israel anunciou que Margot Wallström fez comentários “incendiários e agressivos” que levaram a que o ministério dos Negócios Estrangeiros israelita tenha decretado que a ministra sueca não é bem vinda em Israel, segundo notícia o diário britânico, The Guardian.


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