"Atualmente o programa aplica-se nas 18 províncias do país, com uma matrícula de 206.360 alunos", declarou a Prensa Latina o acadêmico cubano Alfredo Díaz Fuentes, assessor consultor do ministério angolense de Educação.
Revelou que em "só 13 semanas a pessoa maior de 12 anos aprende a ler e a escrever", pelo procedimento que, a partir de 2012, deu na Angola um salto qualitativo por decretos governamentais para revigorar a campanha de alfabetização.
Aspira-se "a que no 2017 a maioria da população tenha um nível de secundária básica', disse Díaz.
Mesmo assim, fez ênfase em que a maioria dos alunos que ingressam e se mantêm no sistema Eu sem posso são mulheres, porque os homens ainda carregam sobre suas costas alguns tabus e crenças tradicionais.
Para além dessa peculiar situação, o governo da Angola, disse o professor, pretende eliminar o analfabetismo em 2025, mas em 2017 deseja ter resultados alentadores e competitivos dentro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU.
Neste ano, anunciou Díaz, "deve-se atingir o primeiro milhão de alfabetizados pelo Eu sim posso no continente africano".
Mais de oito milhões de pessoas de mais de 30 países beneficiaram-se deste programa de ensino que no 2006 recebeu o Prêmio Sejong, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).