Depois do incidente, o FBI desencadeou uma violenta operação de caça ao homem que resultou nas prisões de Bob Robideau e Dino Butler, ambos pertencentes à comunidade Lakota de Pine Ridge. Leonard Peltier foi extraditado do Canadá, exigindo o governo deste país a condição de abandono da pena de morte às autoridades norte-americanas.
Em Abril de 1977, Leonard Peltier foi condenado a duas penas perpétuas pela morte dos agentes Jack Coler e Ronald Williams. Na base da acusação algumas provas do crime foram fabricadas pelo FBI. A evidência balística comprovou que a arma usada por Peltier não foi a mesma que matou os dois polícias. Também, o FBI obteve declarações falsas sob coacção de testemunhas, como o caso de Myrtle Poor Bear que escreveu três declarações diferentes, uma delas dizendo que era a namorada de Peltier, quando o próprio nunca a conheceu.
No passado dia 28 de Julho, a comissão federal reunida para a aplicação de uma libertação condicional, decidiu não absolver o activista índio, com o motivo de tal decisão promover o desrespeito pela lei. Para que o réu fosse absolvido, a comissão teria de obter uma confissão de culpabilidade em relação aos crimes, ou seja, Peltier teria de mentir para ser perdoado e libertado pelas autoridades.
Por não ter seguido este absurdo critério, Leonard Peltier continua preso e apenas será ouvido dentro de vinte anos, quando outra comissão decidir analisar o processo.
Enquanto a indiferença e o desconhecimento ao redor desta demanda existirem, serão contados os dias deste injusto encarceramento.