Foto de Editorial J (CC by-sa/2.0/)
O golpe como ferramenta legítima de intervençom política é debatido em Mindelo (Cabo Verde).
Umha comissom da Galiza e Portugal reuniu-se ontem (31/03) com representantes dos partidos da oposição brasileira, de diversos organismos judiciários, da Rede Globo e da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) para trocar experiências golpistas.
A reuniom foi em Mindelo, Cabo Verde, por ficar a meio caminho entre o Brasil e os outros dous países, poupando custos e "desfrutando de um clima mais agradável: nem frio como em Compostela, nem calor como em Brasília", segundo explicou Joana Carapau, do grupo português.
O golpismo como ferramenta de intervençom política
Na reuniom, promovida a pedido do pessoal galego-português após comprovar os altos retornos da estratégia golpista no Brasil, trocárom-se experiências sobre como o golpismo pode ser inserido na vida política diária como mais umha ferramenta de intervençom política. As e os representantes brasileiros dêrom dicas sobre a sua, por agora, bem-sucedida estratégia, sobre as principais dificuldades enfrentadas mas, sobretodo, acerca das diferenças entre os casos nos três países, e como adatar a estratégia para cada um deles.
As diferenças entre países: os golpe que vem na Galiza
A FIESP foi a encarregada de se reunir com a comissom galega. Como o governo galego está nas maos da direita neoliberal espanholista, a comissom golpista estava composta por pessoas do ámbito do comunismo independentista e do Partido Froilanista. Segundo a entidade empresarial brasileira, a reuniom com os e as galegas foi "muito interessante". "Parece que a estratégia prevista poderia República Golpista Socialista Galega num prazo razoável". Do grupo de comunicaçom Rede Globo, pedirom a colaboraçom dos meios no processo: "no Brasil é um fator crítico o nosso apoio ao impeachment. Como a oposição cá é de esquerda, devem ser os meios afins quem apoiem o golpe". O Partido Froilanista já contatou o Diário Liberdade solicitando a sua colaboraçom no golpe.
Está prevista para as próximas semanas a tomada do Parlamento e do Monte Pio polas massas independentistas e comunistas, ideias com que a maior parte dos e das galegas se identificam ideologicamente.
Em Portugal, ainda há muito por definir
Menos clara está a situaçom em Portugal, onde nem compor a comissom golpista foi fácil. Como no governo está um partido neoliberal, autor nos últimos anos de duríssimos cortes ao estado social e contra a classe trabalhadora, apoiado polo Partido Comunista (PCP) e o Bloco de Esquerda (BE), nem está claro qual a oposiçom que deverá desenvolver a estratégia golpista. Perante as dificuldades para compor a comissom golpista, os e as portuguesas usárom umha tática de emergência para escolher umha equipa negociadora: conversárom com linhas aéreas para, no aeroporto Sá Carneiro, escolherem aleatoriamente passageiras e passageiros que enviarem enganados no vóo para Mindelo. O resultado foi umha comissom composta por dous ingleses, umha cidadá eslovaca e umha portuguesa. Tenhem surgido dificuldades por causa do idioma - a portuguesa também mudou para o inglês, e até agora nega-se a falar português. As partes identificam um futuro menos ambicioso para o golpismo brasileiro.
* Esta informaçom foi publicada do dia 1 de abril, polo Dia da Mentira ou dos Enganos.