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070316 sharafSíria - Vermelho - Sharaf Marshan foi deputado de três assembleias do Parlamento sírio, ex-chefe do centro cultural circassiano em Damasco e amigo da família de Bashar al-Assad. Atualmente Sharaf vive em Sukhumi, capital da Abecásia e trabalha no Comitê Estatal de Repatriação, quer dizer, ajuda a voltar à Pátria histórica pessoas com histórias semelhantes às suas.


A pedido de um correspondente da Agência russa Sputnik para falar sobre si, Sharaf respondeu de forma muito simples: "Tenho 77 anos e é a minha história".

Claramente ele faz-se de modesto, porque a sua biografia realmente surpreende, os seus colegas o chamam de "lendário".

Ele nasceu em 1940 em Damasco em uma família de naturais de Abecásia. A sua infância passou nas Colinas de Golã. Entre 1944 e 1967 as Colinas de Golã, parte da província síria de Quneitra, foram tomadas por Israel durante a assim chamada Guerra dos Seis Dias. Até o momento ambos os países não conseguiram chegar ao compromisso nesta questão e a maior parte do território de fato fica sob a jurisdição de Israel.

"Os meus pais, bem como eu, nasceram na Síria. A minha família viveu perto das Colinas de Golã onde passei a minha infância e juventude. A minha aldeia natal foi chamada de Mussi e foi habitada somente por abecazes", conta Sharaf Mashan.

Após a formação da escola e serviço militar, ele mudou para a Turquia visando estudar num universidade médico. Durante este tempo ele ficou cativado por ideias comunistas e logo pela sua participação em manifestações ficou prendido.

"Até hoje sou comunista", sublinhou, mostrando a tatuagem em forma de estrela e a letra C na sua mão.

Ninguém mais que Hafez Assad, o pai do atual presidente sírio e amigo próximo do irmão mais velho de Sharaf, lhe ajudou a sair da prisão. A Síria trocou dois prisioneiros turcos por Sharaf Marshan.

"Hafez Assad estudou no colégio com o meu irmão mais velho Mamdukh e depois se tornou o comandante-chefe das Forças Aéreas da Síria. Além disso, mais tarde, ambos receberam por um ano educação militar na União Soviética. Em 1981 Mamdukh morreu, mas a amizade com a família de Assad não cessou e as nossas famílias continuam a apoiar uma a outra", relata Sharaf.

Ao retornar à Síria da Turquia o entrevistado teve sucesso trabalhando como médico gastroenterologista. Mais tarde ele chefiou a Academia de Médicos da Síria e tornou-se o chefe do Centro da cultura circassiana em Damasco.

Em 1998, Sharaf Marshan foi pela primeira vez eleito deputado do Parlamento sírio, e depois reeleito dois vezes para este cargo. Ele, como muitos dos seus colegas-deputados, apoiou o governo de Bashar al-Assad:

"Primeiramente, Bashar al-Assad é um homem muito educado, que gosta do seu povo, de seu país. O povo também o ama. Em juventude, quando ele se casou, ele passou por Damasco sem guardas, porque ninguém o atacaria. Pode ser que atualmente, ao seu redor, hajam pessoas que estão dispostas de outra maneira. Mas ele, apesar tudo, faz o seu trabalho e aproveita do apoio do povo".

Na véspera do início das ações militares na Síria a família do entrevistado decidiu que a parte delas retornaria à sua pátria histórica (Abecásia), e outra parte permaneceria na Síria.

Atualmente, Sharaf tem na Síria um irmão — Walid Marshan – o general de exército do governo de Assad, que é responsável pela linha de frente que se estende ao longo das Colinas de Golã. Diariamente, os irmãos se falam pelo telefone e compartilham de notícias, que ultimamente têm sido cada vez melhores. Sharaf também conseguiu visitar a Síria e ficou lá por dois meses, retornando em meados de fevereiro.

Após o início da operação da Força Aeroespacial da Rússia a situação na Síria melhorou muito, notou o entrevistado. Além disso, agora, na situação da trégua, apareceu a esperança de que a guerra pode chegar ao fim, opinou Marshan.

"As tropas do governo cessaram o fogo. Mas certos grupos terroristas continuam combatendo", contou.

Segundo assegurou Sharaf Marshan, os combates na Síria continuam mesmo após a assinatura do acordo de cessar-fogo. Caso durante dois meses os grupos terroristas não sejam vencidos, pode começar uma guerra grande, sublinhou o entrevistado, com a participação da Turquia, Iraque e Irã, o que seria pouco vantajoso para tais potências mundiais como a Rússia e os EUA.

Fonte: Sputnik


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