António Gameiro afirmou que, na maioria dos casos, essas áreas não estão dimensionadas para receber determinadas infra-estruturas e que devem ser potenciadas para os edifícios funcionarem como foram projectados.
"Quanto mais edifícios forem construídos na zona consolidada da cidade, sem que se tenha em conta esse tipo de requisitos, mais essa dificuldade é sentida ao longo dos tempos", referiu.
O centro da cidade não deve ser simplesmente um ponto de resolução de expediente, frisou, lembrando que fora desse período fica vazio.
Os edifícios, disse, devem ser construídos onde são necessários e contemplarem múltiplas funções, harmonizando-os com a urbanização. "Antes de se construir em Luanda, devido às características da cidade, é necessário ter em atenção a funcionalidade, porque um edifício deve ser projectado de acordo com a sua necessidade, quer seja habitacional, de serviço ou misto", sublinhou.
António Gameiro, além de elogiar a forma como estão a ser edificadas as novas centralidades no Zango, Kilamba Kiaxi e Cacuaco, acentuou o rápido crescimento da população urbana, defendendo que as soluções também devem ser urbanas.
O sistema urbano, disse, é interligado, onde cada região tem importância em função da sua especificidade, pelo que a planificação deve ser feita sempre em benefício das pessoas.