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Rute Cortiço

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Parágrafos lilás

Feminismo de classe, porquê?

Rute Cortiço - Publicado: Segunda, 08 Fevereiro 2010 02:06

Rute Cortiço

Ainda nom há muito tempo que escuitei a Itziar Ziga dizer, na apresentaçom do seu livro “Devenir Perra”, que ela entendia que o único feminismo possível era o de classe, já que as mulheres somos pobres.


A verdade é que nom se pode dizer mais claro, as mulheres somos pobres ou, para sermos exactas, estamos empobrecidas. Mas, porque acontece isto?... fica claro que a mulher nom é pobre por ser inútil ou feble, a mulher está empobrecida em prol do interesses estruturais e lucrativos do sistema, além dos intereses particulares dos homens.

A situaçom da mulher, obrigada a se submeter, obedecer e responder à opressom do marculino, os mecanismos polos quais a burguesia extrai um ganho da exploraçom da força de  trabalho da mulher, tanto nos nossos postos de trabalho como no trabalho doméstico que realizamos gratuitamente, é fundamental para a existência do capital. 

Ocultar esta opressom, logra-se por muitas vias, invisibilizaçom, inexistência de termos teóricos, inexistência de estudos, investigaçons, estatísticas...

A atribuiçom de roles de genéro, segundo os quais somos dóceis e submissas, a assunçom da repartiçom de tarefas segum os nosso rol desde meninhas, o curriculum oculto que nos leccionam no sistema educativo, publicidade, propaganda, a linguagem machista, a abafante presença da violência machista ...

A nossa alienaçom é fundamental para  conseguir o benefício que se nos quer exprimir,  primeiro para beneificiar o homem  e depois para servir à acumulaçom a classe capitalista.

Os benificios que se extrae da situaçom da mulher som entom tanto palpáveis a nível individual como a nível sistémico, vários exemplos destes dous casos som a poupança de parte da força de trabalho do homem para dispor de certo tempo de lazr, a exploraçom e expropriaçom do corpo da mulher tanto como centro de desejos como para abastecer de novos seres alienados, utilizaçom da mulher para fortalecer e auto-estima do homem e desfogar as suas frustaçons... as mulheres som mais pobres sempre que os homens da sua mesma classe, e isto acontece por mecanismos que se produzem por causa da dominaçom masculina, estes mecanismos nom só som económicos, também jurídicos, religiosos, morais ou sociais, levam as mulheres a cobrar menos, ou nada, que nom podam trabalhar em determinados postos, ou que cobram em dinheiro negro.

Na mae, como pedra angular da familia, recai a responsabilidade de que se cumpra escrupulosamente com a ordem social e com as responsabilidades laborais por parte do resto dos membros da familia, a opressom da mulher é total já que além da obtençom de riquezas em base a sua exploraçom laboral também se explora a sua conciência sendo a mulher alienada umha fábrica de seres alienados, prontos para a sua integraçom no sistema.

Isto com as suas tarefas de renovaçom da força de trabalho fam que a exploraçom psicossomática assegure umha fiel reprodutora de opressons que imprima as formas adequadas n@s filh@s.

Além do mais, no caso da mulher trabalhadora, junto com a sua jornada laboral, terá que assumir as cargas das que falamos anteriormente, e assumir que os pirores postos e os piores salarios serám para ela. Assim como ressignar-se ante a implicaçom nula dos sindicatos patriarcais e paternalistas e ante a complacência dos seus companheiros de trabalho.

Assim, a nossa luita e denúncia nom sera completa a nom ser que ao mesmo tempo que critiquemos os beneficios que extraem os homens da mulher em geral, ataquemos também os que extrai a classe burguesa em particular.

Portanto, num sitema capitalista, nom cabe a possibilidade de destruir o patriarcado, já que fai parte das suas entranhas.

Na Galiza, há umha necessidade real de criar um feminismo radical e combativo integrado na óptica marxista. Para isso temos que construir a nossa teoria, as nossas ferramentas e visualizar os nossos objectivos.

Revalorizar a mulher trabalhadora e a sua auto-organizaçom, mostrar que somos quem de defender as nossas vidas e os nossos interesses sem depender de camaradas que nom digam como organizar-nos e onde estám os nossos limites, temos que ser as mulheres que nos fagamos donas das nossas vidas e das vidas que produzimos, expropriar o homem e o patriarcado de umha vez por todas os nossos corpos, e gritar que as mulheres nom somos mercadoria.


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