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120714 chiapasMéxico - Adital - O Centro de Direitos Humanos Fray Bartomolé de Las Casas (Frayba) denuncia casos de ameaças e tentativa de homicídio contra povos nativos na localidade de Las Margaritas (Estado de Chiapas), situada ao sudeste do México. Segundo a organização, indígenas da etnia Tojolabales, do povoado Primeiro de Agosto, afirmam que têm sofrido ainda provocações e ataques.


As investidas seriam por parte de integrantes da Central Independente de Operários Agrícolas e Camponeses Histórica (CIOAC) e da Aliança de Organizações Sociais e Sindicatos de Esquerda (ASSI), do Campo Miguel Hidalgo. Camponesas e camponeses responsabilizam os representantes desses campos e o governo da entidade pelas agressões, intensificadas desde agosto de 2013.

Em comunicado recente, habitantes do Primeiro de Agosto afirmam que, em 2011, homens, mulheres e crianças solicitaram em assembleia terras para viverem, trabalharem e alimentarem-se. "Durante meses, foram estabelecidos diálogos sem chegar a acordos com as autoridades de Miguel Hidalgo, que os hostilizaram e perseguiram por povoar um terreno baldio de 73 hectares em 2013, em terras recuperadas por zapatistas em 1994", acrescenta o Frayba.

"Fomos humilhados e nos colocaram para correr de Miguel Hidalgo. Tivemos medo de que nos matassem. Como não temos terreno onde viver e trabalhar para alimentarmos nossas famílias, povoamos, no dia 1º e agosto de 2013, o terreno baldio. Agora, nós estamos trabalhando nele, somos guardiães das terras", afirmaram os indígenas em documento de denúncia pública assinado por eles.

Habitantes do povoado afirmam que integrantes desses grupos teriam apontado armas de fogo para eles, chegando inclusive a dispararem tiros. Além disso, os índios afirmam terem sofrido agressões verbais; intimidação com paus e facões; sofrido prejuízos em seus terrenos, tendo sido arrancadas as traves de limites, cortados os arames e retirados os grampos do local.

De acordo com Frayba, dentre os graves casos registrados recentemente está o de Arturo Pérez López, ferido com um golpe de facão no pescoço por Aureliano Méndez Jiménez, secretário do Conselho de Vigilância de Miguel Hidalgo. Além disso, a entidade informa que uma mulher de 24 anos de idade, grávida, foi agredida; e um grupo de quatro foi ferido por golpes de cajado e teve roubadas suas roupas e seus alimentos. A organização afirma que os moradores do Primeiro de Agosto solicitam que o Ministério Público tome providências em relação à atual situação da comunidade.

"Os moradores do Primeiro de Agosto reiteram a exigência de seus direitos: 'necessitamos da terra e pedimos diálogo; que o governo atue de maneira imparcial respeitando nossa posse e os integrantes de Miguel Hidalgo nos deixem viver em paz, pois eles têm terra suficiente para viverem. Queremos estar tranquilos com nossas famílias sem mais agressões e ameaças'", divulgou a Frayba.

A comunidade pede a atenção da sociedade civil nacional e internacional, dos organismos independentes de direitos humanos, dos meios de comunicação alternativos e da imprensa nacional e internacional. Além disso, recorrem à Arquidiocese de San Cristóbal de las Casas e "a todas as pessoas honestas do México e do mundo".


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