Recep Erdogan relançou a ofensiva contra os que considera cúmplices e aliados dos atos terroristas. As diligências do chefe de Estado turco surgiram poucos dias depois do atentado de domingo, em Ancara, que causou 35 mortos e 125 feridos.
O presidente turco pressionou o Parlamento, onde o seu partido dispõe de maioria absoluta, a levantar "rapidamente" a imunidade de cinco deputados do Partido Democrático dos Povos (HDP, pró-curdo) perseguidos por "propaganda" a favor do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Novo conceito de terrorismo
Erdogan voltou a defender o alargamento do conceito de "crime terrorista" àqueles que apoiam a causa curda. Vários académicos e advogados pró-curdos foram detidos precisamente por esse motivo nas últimas 24 horas.
As declarações de Erdogan forma proferidas na véspera da cimeira, em Bruxelas, em que a União Europeia (UE) está a envidar esforços para redigir um novo acordo com Ancara e assim pôr termo ao afluxo de migrantes que se concentram nas suas fronteiras.
Entretanto, o grupo radical curdo Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), com ligações ao ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), reivindicou o atentado ocorrido em Ancara no passado domingo.
"Na noite de 13 de março, um ataque suicida foi levado a cabo... nas ruas da capital da fascista república turca. Nós reivindicamos o ataque", escreveu o TAK, na sua página de Internet.
Foto: Presidente turco quer incluir jornalistas e políticos no novo conceito de terrorista. Foto Almanar News.