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010814 torturasBrasil - PCO - Depoimento de presos políticos denuncia processo de tortura e agressões de policais.


As prisões de dezenas de manifestantes nos últimos meses em São Paulo e no Rio de Janeiro evidenciam o modus operandi da Polícia Militar e dos agentes do Sistema Penitenciário. Torturas psicológicas e físicas foram denunciadas pelos presos políticos e o sistema de humilhação para a própria família dos presos.

Fábio Hideki denunciou que foi torturado, com duas sessões de socos, dentro do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), quando foi detido, no dia 23 de junho. A denúncia só veio à tona cerca de um mês após sua prisão e a denúncia só poderá ser feita dentro do próprio sistema judiciário por terceiros ou quando for a julgamento.

Hideki foi preso junto a Rafael Marques, que também aguarda por julgamento preso. Eles são acusados de associação criminosa nas manifestações, com o objetivo de promover depredação de patrimônio público e Fábio ainda é acusado de portar material explosivo. No momento de sua detenção, no entanto, nada foi achado durante a revista, o que é comprovado por mais de um vídeo feito. A bomba apareceu apenas na delegacia. Além disso, não há qualquer prova de que os dois estariam envolvidos com qualquer ação criminosa.

Mãe de Fábio também denunciou o processo de revista pelo qual teve que passar para visitar o filho. "É vexatório, é vexatório... O fato de a gente ficar nua é uma coisa, mas ter de agachar, por ser mulher, para dizer que eu não estou transportando nada dentro do meu órgão genital, nos dias de hoje é inadmissível. Eu me sinto agredida com isso", declarou Helena Harano.

Outra situação que Helena afirma ter sido constrangedor foi a visita de oficiais da justiça para apreensão de materiais pessoais dele como notebook e papeis. O mesmo aconteceu com os casos demais casos de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Em depoimento, os manifestantes presos do Rio de Janeiro denunciaram que os principais meios de tortura que presenciaram na cadeia eram a fome e o frio. Por estarem sob os holofotes da imprensa, não foram alvo direto de tortura física, mas os detentos que estavam juntos a eles eram expostos a este tratamento, o que representava uma tortura psicológica para os ativistas, que também foram ameaçados.

A ONG internacional Human Rights Watch identificou indícios de pelo menos 150 agentes públicos, entre policiais, agentes penitenciários e socioeducativos envolvidos em 64 casos de tortura e tratamento cruel nos últimos quatro anos. Destes casos, 26 ocorreram em São Paulo e todas foram registradas nas primeiras 2 horas de prisão.

Casos de tortura, ameaça e agressão são comuns nos presídios e na atuação da Polícia Militar como um todo. Como as maiores vítimas são a população pobre, isto é escondido pela imprensa burguesa, mas a prisão de ativistas, em sua maioria de classe-média, trás à tona este problema. Esta prática típica de uma ditadura permanece ainda hoje.


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