O portal Unilab recolhe declarações do investigador moçambicano Armindo Ngunga, para quem é «um grande avanço quando se diz que um membro da Assembleia Provincial está autorizado a usar a sua língua e que o órgão tem de criar condições de tradução e interpretação nas línguas que ele usar naquele local». Em opinião do especialista, «se estamos a falar de democracia, não pode haver participação se as pessoas não usarem a língua que melhor dominam».
Ensino bilingue
A maioria dos falantes do português reside nas cidades. Na capital moçambicana, Maputo, cerca de 40% da população fala português. Para o linguista Ricardo Dimande, «é importante que os cidadãos tenham a possibilidade de usar as línguas moçambicanas nas várias instituições públicas como tribunais comunitários, hospitais e esquadras», recolhe Unilab.